Um reajuste de 8% nos salários dos servidores ativos e aposentados da secretaria de Educação também estará beneficiando também funcionários de outras instituições como o Departamento Geral de Ações Sócio Educativas (Degase), o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) e a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). As remunerações são referentes a junho, e deverão sair nas datas normais de pagamento já no mês de julho. Além disso, o reajuste vai ser aplicado aos servidores integrantes da carreira de Magistério e do Quadro de Apoio da secretaria de Cultura. Para o Sepe-Campos, o reajuste não contempla a categoria e não descarta nova paralisação.
As leis foram sancionadas pelo governador Sérgio Cabral e publicadas no Diário Oficial do dia 18 de junho. Ao todo, serão beneficiadas 172.779 pessoas, das quais 90.658 ativos, 76.348 aposentados e 5.773 pensionistas. O aumento também foi estendido aos Adicionais de Qualificação pagos aos professores.
A partir de junho, os professores com carga horária de 16, 22 e 25 horas com Mestrado passarão a receber um adicional de R$ 236, enquanto os professores 40 horas, ganharão R$ 472. Para quem tem Doutorado, os adicionais serão de R$ 472 e R$ 946.
Segundo o coordenador do Sepe-Campos, Calos Santafé, a medida é apenas provisória e não deve refletir, a longo prazo, nenhuma melhora no quadro da educação no estado.
Segundo o coordenador do Sepe-Campos, Calos Santafé, a medida é apenas provisória e não deve refletir, a longo prazo, nenhuma melhora no quadro da educação no estado.
— O governo tem que entender que esse reajuste não vai resolver em nada a nossa defasagem, que é de 36%. Isso é provisório, vai durar cinco, seis meses e logo tudo estará defasado de novo. O problema não são os salários, mas sim as condições das escolas. Isso é apenas um “cala boca” — declara o coordenador da instituição.
Opinião semelhante tem a também coordenadora Cristini Galaxe. Ela lembra que as perdas da categoria somam 36% somente no governo Cabral: “Além do reajuste salarial, temos outras pautas, como a não regulamentação da PL 2200, que acaba com o concurso público para vigias, inspetores e privilegia as terceirizações”, explica acrescentando que a categoria realizou assembleia sábado passado, onde foi deliberada a participação do Sepe nos movimentos sociais que vem ocorrendo em todo o Brasil, “a fim de unificarmos a luta por uma educação pública de qualidade”, disse.
Ciro Mariano e Suzy Monteiro
Foto: Edu Prudêncio
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