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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Jornal Extra: Substituição de 513 diretores na rede estadual desagrada sindicato

Matéria do jornal Extra (24/07/2012): 

Escola pública tradicional de Nova Iguaçu, o Instituto de Educação Rangel Pestana está no centro de uma controvérsia que se arrasta desde a exoneração de sua diretora, em junho. O caso representa uma divergência ainda maior que está colocando de um lado a Secretaria estadual de Educação e do outro o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). 

Desde 2011 até a semana passada, 513 diretores já foram afastados pela secretaria. Ao todo, são 259 diretores gerais e 254 diretores adjuntos. Outros 382 diretores saíram no mesmo período por vontade própria ou porque se aposentaram. Assim, as exonerações da secretaria representam 57% das substituições de diretores.

 — Eles foram substituídos por não estarem alinhados às políticas e às prioridades da Secretaria de Educação — explica Luiz Carlos Becker, subsecretário de Gestão de Pessoas. As mudanças desagradam representantes do sindicato.

 Em Nova Iguaçu, após o afastamento da diretora Luisa Leopoldina da Silva, professores e alunos fizeram uma eleição e escolheram um professor da escola para ser o novo diretor. Mas a secretaria elegeu outro servidor interinamente para o cargo. — Bancamos uma eleição e a secretaria veio com truculência para cima de alunos e professores — diz uma professora do colégio que prefere não se identificar.

 Segundo Luiz Carlos Becker, o interino será substituído, em breve, por um diretor concursado. Um decreto do secretário de Educação, Wilson Risolia, do ano passado, implementou a nomeação de diretores de escolas estaduais por meio de seleção interna. 

Os novos gestores são escolhidos num processo que inclui análise curricular, prova, entrevista e treinamento. — Antes não existia critério para a escolha. Algumas escolas faziam eleições internas e outras recebiam indicações de diversas origens — diz Luiz Carlos Becker. 

 A secretaria informou que a exoneração de Luisa Leopoldina da Silva se deu porque ela deixou de repassar dados sobre sua unidade para o Censo Escolar. Além disso, o colégio estaria necessitando de obras que não vinham sendo feitas, apesar de a unidade contar com R$ 200 mil em caixa. 

 — Eu fui dispensada da função sob a alegação de que não fechei o Censo. Tenho o recibo de que enviei os dados no dia 27 de setembro do ano passado. A escola tem coisas a serem feitas, mas há obras que não são possíveis de se fazer com os alunos circulando. Tudo seria feito, como sempre, no recesso. É triste ter tanto tempo na rede estadual e, agora, ver meu nome enlameado dessa maneira — defende-se Luisa

Fonte: Sepe RJ.

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