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terça-feira, 17 de julho de 2012

Professores entram no terceiro mês de greve e prometem 'radicalizar'


DESTAQUES EM BRASIL

BRASÍLIA e RIO. Principal entidade representativa dos professores, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) rejeitou a proposta de reajuste anunciada pelo governo na última sexta-feira e decidiu não só manter a greve como ainda radicalizá-la.
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O documento do sindicato foi encaminhado para os estados, onde entidades estaduais farão sua avaliação da oferta do governo. Na sexta, os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Miriam Belchior (Planejamento) apresentaram proposta de reajuste prevendo aumento de até 45% para professores titulares de universidades e de até 48% para os docentes dos institutos federais. O reajuste se daria de forma escalonada, em três anos, e um professor com doutorado e dedicação exclusiva receberia R$ 17 mil em 2015.
O comando de greve, em assembleia realizada na noite de domingo, entendeu que o reajuste proposto pelo governo não supera os índices inflacionários e beneficia somente quem está no topo da carreira, caso dos professores titulares, que, segundo o Andes, representam 5% da categoria. O Andes decidiu, então, reprovar a proposta do governo, mas manterá aberta a negociação. Na próxima segunda-feira acontecerá outra rodada de conversações.
O sindicato afirmou, num extenso documento de doze páginas, que sua proposta é criar um único cargo de professor federal e que a proposta do governo mantém a posição de não unificar as carreiras. "Isto denota caráter visivelmente discriminatório, uma vez que todos os professores exercem a mesma atividade", diz o comando de greve do Andes.
O sindicato diz que o governo adota uma posição "propagandística". A presidente do Andes, Marinalva Silva de Oliveira, afirmou que, ao anunciar sua proposta de reajuste, semana passada, os ministros fizeram um "show midiático".
- Nem sabíamos da coletiva do governo. Enquanto anunciavam a proposta num auditório, ainda estávamos reunidos com técnicos dos ministérios - disse Marinalva Oliveira.
O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, criticou a posição do Andes e afirmou que na base da categoria, a maioria dos professores concorda com a proposta de reajuste apresentada pelo governo.
- A avaliação que tenho é o contrário da apresentada pelo Andes. Há, na base, um reconhecimento do mérito e concordância dessa visão de qualificação da universidade. E os percentuais de reajuste apresentados foram muito bem aceitos. O Andes está divergindo de sua base - disse Amaro Lins.
A presidente do sindicato dos professores da Universidade Federal Fluminense, Eblin Farage, afirmou que a posição da Comando Local de Greve da UFF também é de rejeição ao texto governista.
- Nossa avaliação é ruim. O reajuste não representa ganhos reais e desqualifica uma série de reivindicações do plano de carreira. Determina, por exemplo, que apenas 20% dos professores de cada universidade federal chegarão ao topo da carreira, é um funil ainda maior da carreira - ressaltou Eblin.

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