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sexta-feira, 21 de março de 2014

Creche recebe auxiliar e vai apurar denúncia

 
 
Mães de alunos da Creche do Parque Imperial realizaram uma manifestação na manhã desta quinta-feira, em frente à instituição localizada à margem da RJ 216 (Campos – Farol). Segundo relataram, as professoras da unidade se recusaram a receber os alunos depois de uma docente ter sido agredida por uma mãe na última segunda-feira. As professoras alegam que não podem trabalhar sem ter uma auxiliar de creche dentro de sala, para ajudar no trabalho com as crianças. No ato, as mães fecharam uma parte da estrada com galhos e pedaços de madeira, entre 8h e 9h30. A manifestação acabou depois que os professores foram informados que a Educação enviaria os profissionais solicitados, o que acabou acontecendo com o encaminhamento de um auxiliar ontem, e mais três ainda esta semana.
A técnica de enfermagem Michelle Fernandes de Araújo,  29 anos, é mãe de um menino de um ano e sete meses que estuda na creche. Ela contou que chegou na manhã de ontem, com outras mães, para deixar o filho na unidade mas as professoras se recusaram a aceitar. “Elas falaram que não iam aceitar as crianças hoje porque não tinha auxiliar na sala de aula. A turma do meu filho está sem aula desde terça-feira passada porque estava sem auxiliar, só ontem (quinta-feira) que chegou o profissional. Tiraram a pessoa da portaria para ficar como auxiliar na sala”, contou.   A mãe também reclamou que a creche não oferece água mineral para as crianças, apenas quando as próprias professoras compram.
Um grupo de professores – que pediu para não ser identificado por medo de represálias – contou que uma docente foi agredida por uma mãe na última segunda-feira. “Na parte da tarde, a professora estava com uma turma de 14 alunos e sem auxiliar. A sandália de um aluno sumiu,  e ela  procurou e não encontrou. Então, a mãe ficou chateada e agarrou no braço da professora, deixou o braço arranhado”, contou uma das profissionais. De acordo com ela, a professora agredida não registrou ocorrência por medo. A mãe que seria a autora da agressão, de 32 anos, contou a reportagem apenas que teria segurado o braço da professora, não agredido.
As professoras ainda contaram que na terça não houve aula, pois elas reivindicavam as auxiliares para as salas. A secretaria de Educação teria prometido que os profissionais estariam na unidade na quarta-feira, mas isso não aconteceu. Elas afirmaram que não vão receber os alunos até que tenham auxiliares. Por telefone, o coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Carlos Santafé, informou que a entidade não havia sido acionada, e que não tinha conhecimento do caso.
A secretaria de Educação informou ainda  que já está sendo instaurada uma sindicância, para apurar o caso da possível agressão à professora, feita por uma mãe.

Lohaynne Gregório

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