IML confirma que criança morreu vítima de espancamento em Maceió
Josival dos Santos Nascimento, 6, morreu na manhã desta terça no HGE.
Pais da criança contam que ela se envolveu em uma briga com colegas.
Vítima iria completar 7 anos no dia 31 de março
O Instituto Médico Legal (IML) de Maceió infomrou à reportagem do G1 que a causa da morte do menino Josival dos Santos Nascimento,
6, na manhã desta terça-feira (25), foi espancamento. A criança estava
internada no Hospital Geral do Estado (HGE) e os pais dela contam que
houve uma briga entre o menino e dois colegas em que ele apanhou muito. O
laudo do médico-legista deve sair em 10 dias úteis.
Muito emocionado, o pai Josival Francisco Ferreira, servente de
pedreiro, contou que a briga foi por causa de uma brincadeira. "Ele
brincava com dois amigos de chimbra [bola de gude], quando colocou o pé
na frente e os outros dois ficaram irritados e começaram a brigar. A
menina segurou meu filho e o irmão dela, que deve ter uns 9 ou 10 anos,
bateu muito nele com chutes e socos", conta.
Ferreira, que é separado da esposa, disse que vizinhos chegaram a
levantar a hipótese de o padrasto ter batido na criança, mas ele não
acredita nesta versão. "Ele não faria isso com meu filho", afirma.
A briga, segundo a mãe da criança, Maria Rosimeire dos Santos, ocorreu
na última sexta-feira (21). "Ele estava sentindo uma dor no estômago e
levei ele nos posto de saúde no dia seguinte. Contei para médica que ele
tinha brigado, mas ela achou que ele estava ruinzinho por causa de uma
gripe. Ela medicou meu filho e fomos embora. Na segunda-feira fui de
novo ao posto perto de casa, porque a dor dele não passava. Mas não
tinha pediatra e o médico de lá disse para eu trazer ele para o HGE e eu
trouxe", diz a mãe com a voz embargada de choro. O menino iria
completar sete anos no próximo dia 31 de março.
A titular da Delegacia de Crime contra Criança e Adolescente, Rosimeire
Vieira, explica que esse caso será investigado pela Delegacia de
Homicídios. "Como houve espancamento e a criança acabou morrendo, cabe à
delegacia especializada investigar. Se a criança não entrasse em óbito,
nós que agiríamos", explica.
Fonte: G1.
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