Para coordenar a alimentação diária de cerca de 950 mil alunos em mais de mil escolas, só três nutricionistas. Os números, que fazem parte da avaliação solicitada pelo Ministério Público ao Conselho Regional de Nutrição (CRN4) nas unidades estaduais, revelam um quadro ainda mais alarmante: 98% das escolas não desinfetam os alimentos e 52% não dedetizam as cozinhas.
Outra conclusão da pesquisa é que 70% das unidades de ensino não seguem o cardápio fornecido e cerca de 10% sequer tomam conhecimento do menu, disponibilizado todo mês no Diário Oficial.
- Vimos vários riscos de os alunos ingerirem alimentos contaminados - conta a presidente do CRN4 Katia Cardoso.
A pesquisa, de dois anos, e avaliou 301 escolas da rede em todo o estado. Uma foi o Colégio Estadual João Alfredo, em Vila Isabel, onde, ontem, os alunos contaram ao EXTRA que não há lanche à tarde e criticaram a má qualidade da comida.
O relatório foi entregue ao MP, que apresentou os resultados à Secretaria estadual de Educação e a Comissão de Educação da Alerj.
- Às vezes essa é a única alimentação da criança. Vamos ver que providências podemos tomar - disse Marilda Reis, suplente da comissão, que terá audiência sobre o tema dia 15 de maio.
Segundo a Secretaria estadual de Educação, foram investidos R$ 130 milhões em alimentação escolar no ano passado. A verba foi usada na compra de gêneros alimentícios e troca de equipamentos. A secretaria também distribuiu material de orientação aos diretores.
- Intensificaremos a fiscalização do cumprimento dessas regras - explicou ontem o diretor de Infraestrutura da pasta, Paulo Roberto Laboissiere.
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