Ato unificado de professores
Carolina Barbosa
Suzy Monteiro
AN
Foto: Rodrigo Silveira
Professores da rede municipal se reuniram, no início da noite de quinta-feira (15), na Universidade Federal Fluminense (UFF), com diretores do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) e representantes do Movimento Educadores de Campos em Luta, para decidir os próximos passos da categoria. Entre as pautas aprovadas, está um ato unificado com servidores da rede estadual, que acontece nesta sexta (16), às 17h, na praça São Salvador. No Rio, os professores do Estado aprovaram a continuidade da greve, porém, em Campos, a adesão ainda é pequena. A paralisação estadual começou segunda-feira em protesto por reajuste salarial de 20%, redução da jornada semanal de trabalho dos funcionários administrativos para 30 horas e reserva de um terço da carga horária para preparar aula.
Na assembleia em Campos foram discutidas as principais reivindicações da categoria, mote, também da reunião no último dia 8 de representantes da categoria com a secretária de Educação, Cultura e Esportes (Smece), Marinéa Abude: o cumprimento da lei federal 11738/2008, que reduz a carga horária dos professores em 1/3 para planejamento de suas atividades pedagógicas; reposição das perdas salariais; equiparação (unificação) do plano de carreira, cargos e salários; concurso público para por fim as terceirizações; regência com percentual, definido no PCCS; incorporação do percentual do Funbed ao salário (ano); proposta de educação no campo; autonomia pedagógica e piso salarial (cinco salários mínimos para os professores e 3,5 para os funcionários administrativos. De acordo com a diretora do Sepe, Norma Dias, cinco pontos foram aprovados na assembleia.
— O primeiro será o ato unificado amanhã (hoje) da rede estadual e municipal. Convidamos ainda a Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense, o Diretório Central dos Estudantes e o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro — destacou.
Norma acrescentou ainda que o Sepe e a categoria entrarão no Ministério Público (MP) para pedir a implementação imediata da lei de 1/3, retroativo desde 2008 quando a lei entrou em vigor, chamada dos concursados e pedido de verificação de situações de pedagogos que estariam exercendo a função sem formação e professores contratados que estariam ocupando vagas reais. E foi aprovada a criação do Fórum unificado das lutas de Campos dia 19.
Alunos impedem entrada de funcionários
Estudantes em greve da Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) se mobilizaram na manhã de quinta-feira e impediram a entrada de funcionários no campus da instituição. O atraso das bolsas estudantis deste mês foi o motivo do ato que também teve como objetivo chamar a atenção para as reivindicações dos alunos. Os professores da instituição, que decidiram suspender a greve até hoje depois de assembleia realizada na terça-feira, não conseguiram entrar na universidade. Essa foi a 59ª manifestação do ano e a sexta do mês de maio.
O estudante Diogo Lima explicou que as bolsas dos alunos estão atrasadas. “As bolsas geralmente são depositadas no dia 7 e não é a primeira vez que atrasa. A única coisa que nos falaram é que a bolsa será paga no dia 21, mas ninguém explica o motivo de atraso. Queremos respeito”, disse. Ainda de acordo com o estudante, os funcionários foram impedidos de entrar na instituição durante todo o dia. Os alunos da UENF estão em greve desde o dia 17 março e pedem aumento da bolsa, que atualmente é de R$300, funcionamento imediato do restaurante universitário e a criação do auxílio moradia. Em entrevista ao jornal da InterTV, o vice-reitor da Uenf, Edson Correa, disse que o atraso nas bolsas aconteceu devido ao atraso do repasse da verba à instituição.
16/05/2014 11:00
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