Publicado em 11/05/2014
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Keylla Thederich
A insatisfação de professores e funcionários da rede pública de ensino, principalmente do Estado do Rio de Janeiro, deixará mais de 40 mil alunos sem aulas em Campos. Desde a 0h desta segunda-feira, professores da rede estadual estão em greve e se juntam aos professores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), em greve há dois meses e do Instituto Federal Fluminense (IFF). A greve dos servidores da educação da rede municipal não está descartada. A principal reivindicação da categoria é reajuste salarial. Com a falta de negociação, a paralisação é por tempo indeterminado.
Em Campos, a adesão dos professores da rede estadual de ensino será maciça, segundo a coordenadora geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/Campos), Cristini Marcelino. "Cerca de 6.500 professores deverão paralisar as atividades. Em relação aos professores da rede municipal, a educação municipal já se encontra em estado de greve, porém, na próxima quinta-feira será realizada uma reunião com a classe para definir a situação", revelou. Na rede municipal são cerca de seis mil servidores.
Reivindicação de reajuste de 20%
Os professores da rede estadual reivindicam reajuste de 20%, a reserva de um terço da jornada de trabalho para atividades de planejamento, equiparação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, e a remuneração de cinco salários mínimos para professores e três salários mínimos e meio para funcionários, eleição direta para diretores e equiparação de 15% entre níveis.
No Rio, onde o movimento de greve é unificado, as redes estadual e municipal têm mais de 140 mil professores e funcionários, que atendem mais de 1,6 milhão de alunos.
Uenf e IFF - A greve de professores, servidores e alunos da Uenf completa hoje dois meses e não tem previsão de acabar. O movimento, iniciado em 12 de março pelos professores, ganhou força, quando os servidores técnico-administrativos, servidores da Fundação do Norte Fluminense (Fenorte) e alunos aderiram. Apesar de um movimento unificado, as categorias têm pautas únicas, porém a principal questão é o reajuste e a reposição de perdas salariais. Apesar de já terem encaminhados as pautas para o governo após várias reuniões na Assembleia Legislativa (Alerj) e com representantes do próprio governo, as negociações não avançaram.
A situação não é muito diferente no IFF. Desde o dia 21, professores e técnico-administrativos estão em greve. Em Campos, o movimento teve adesão do campi Centro e na região, das unidades de Quissamã e Macaé. Porém, o movimento é nacional e em todo país pelo menos 50 campi em 11 estados aderiram à greve. A reivindicação é por reajuste salarial, equiparação com benefícios pagos a outras categorias do funcionalismo federal, reestruturação da carreira dos técnicos administrativos e docentes, 10% do PIB para a Educação Pública, fim das terceirizações e a realização de concurso público.
Comentário da Blogueira:
Com relação, à adesão da greve da rede estadual em Campos, eu não afirmei que seria maciça, mesmo porque temos experiências de greves anteriores e sabemos que infelizmente aqui reina o coronelismo. Fica então, a retificação da matéria acima.
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