ELEIÇÕES DO SEPE: DIAS 30/06, 01/07 E 02/07/2015 – VOTE
CHAPA 5
VAMOS FALAR DE EDUCAÇÃO?
A imagem do personagem Carlitos de Charles
Chaplin no logotipo de nossa pagina não é à toa. Chaplin em seu clássico
“Tempos modernos” faz uma ácida crítica à forma de trabalho nas fábricas, na
qual o trabalhador perde suas características humanas no processo de produção
de mercadorias, sendo alienado neste processo de trabalho. No início deste ano,
o prefeito Eduardo Paes, lançou um cartaz em que compara a escola à uma
fábrica. Nós da Chapa 5 – NOVOS RUMOS:
POR UM SEPE DE CLASSE COM A CATEGORIA – queremos no espírito da crítica de
Chaplin, dizer: A escola não pode ser fábrica, professores não podem ser como
“peças de engrenagens” e estudante não é mercadoria. Mas dizer, não basta, é
necessário arregaçar as mangas e lutar pela escola que defendemos!
A ESCOLA QUE QUEREMOS
1. UMA ESCOLA RADICALMENTE DEMOCRÁTICA
E AUTÔNOMA
Apesar de importante, a luta por eleições
para diretoras(es) não basta para garantir uma gestão democrática. Todas as
decisões sobre a escola devem ser a expressão da comunidade escolar. As (os)
estudantes, professoras (es), técnico administrativos (inclusive
terceirizadas(os) e mães/ pais de estudantes devem estar à frente da gestão
escolar. Pensamos ser importante uma escola que esteja pautada pelas decisões
coletivas em todas as suas estruturas: administrativa, pedagógica, curricular e
financeira.
2. UMA ESCOLA DE FORMAÇÃO HUMANISTA E
ESSENCIALMENTE LAICA
A escola pública deve ser uma instituição
voltada à introdução de conhecimentos nas áreas de ciências, de letras e de
artes. Portanto, uma formação humanista e plena centrada no sujeito, que o
possibilite a construção de ferramentas para o seu desenvolvimento intelectual
e cultural, essencialmente crítica.
Também é necessária uma formação laica,
portanto, livre de dogmas religiosos. Defender a sua laicidade não significa
reivindicar uma escola antirreligiosa ou ateia. Pelo contrário, devemos
respeitar todas as religiões. Entretanto, não concordamos com a inclusão da
religião nas escolas enquanto disciplina específica. Como fenômeno social e
cultural, a religião pode e deve ser discutida transversalmente em diversas
disciplinas (sociologia, história, geografia, artes, dentre outras).
A reivindicação de uma escola laica não é
sequer revolucionária, trata-se apenas de um princípio
republicano, de separação entre Estado e religião.
3. UMA ESCOLA CATALISADORA DA REBELDIA
ESTUDANTIL
Muitas vezes nos deparamos com conflitos nas
escolas que envolvem as(os)estudantes – agressividade e questionamento às
autoridades. Esses comportamentos são bastante comuns em algumas (alguns)
jovens. Em sua maioria, são expressões de uma insatisfação com a sociedade, com
a escola e com a sua vida. Em geral, as (os) estudantes não conseguem lidar bem
com essas inquietações. Defendemos uma outra escola, que seja a catalisadora
desta rebeldia estudantil. As (os) estudantes têm muito a dizer e cabe à escola
orientar essa insatisfação para que as (os) jovens de desenvolvam senso crítico
e enxerguem uma possibilidade de transformação de sua realidade.
4. UMA ESCOLA CULTIVADORA DA
DIVERSIDADE
A educação sexual deve ser obrigatória nas
escolas, pois o silêncio no combate aos preconceitos só reforça a marginalização de quem não se conforma com
elas. A educação sexual precisa deve enfatizar a construção histórica do sexo,
do gênero e da sexualidade, reconhecendo sua imbricação com a luta de classes.
A educação sexual, como a educação em geral, deve romper com a lógica machista,
racista, heterossexista, heteronormativa e capitalista.
5. UMA ESCOLA EMANCIPADORA E
NÃO-REPROVADORA
As escolas públicas brasileiras reproduzem
aspectos conservadores da nossa sociedade. Grande parte dos esforços das
escolas se resume a separar as(os) alunas/os “reprováveis” das (os)
“aprováveis”, definir quem merece ou não os certificados de conclusão. Esse
fato não significa defender a “aprovação automática”. Queremos discutir no SEPE
o caráter da avaliação nas escolas públicas. O que se vê são estudantes com
condições socioeconômicas desfavoráveis, de comportamento considerado
inadequado, com formação escolar defasada ou alguma limitação intelectual,
desestimulados em permanecer na escola através das reprovações.
6. UMA ESCOLA PROFUNDAMENTE CLASSISTA
A grande maioria das (os) estudantes que frequentam
as salas de aula das redes municipais e estadual está inserida nas famílias
proletárias. São as(os) filhas(os) da classe trabalhadora. Justamente por esse
motivo, a escola deve ter um caráter classista e estar a serviço das
trabalhadoras(es). A escola deve ajudar na reflexão da (os) estudantes acerca
de seu papel na sociedade sob modo de produção capitalista e contribuir na sua
superação, rumo à construção de uma sociedade comunista.
7. UMA EDUCAÇÃO INTEGRAL
É muito comum nos debates sobre as escolas o
tema da educação em horário integral. Enxergamos nisso um aspecto positivo,
porém não é o bastante. A exposição das(os) estudantes a uma carga horária
maior em uma escola conservadora, reacionária e de educação tradicional não
pode ser bem estimada por nós. Paralelamente à edificação da escola integral, é
importante a escola nos termos apresentados nesse programa.
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