SOS EDUCAÇÃO EM CAMPOS

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domingo, 17 de julho de 2011

Carta aos que ainda não aderiram a greve da educação‏ estadual!

Pertencemos a categoria de profissionais de educação! Mesmo que, nesta greve, vocês não tenham conseguido se unir a nós na luta contra o “chicote” do plano de metas e contra a desvalorização e desrespeito ao nosso trabalho de educadores da escola pública. Vocês são nossos companheiros! Mesmo que sua passividade seja, neste movimento coletivo de confronto com a ideologia do “empresariamento” da escola pública, o nosso ponto fraco, que serve de força para o governo retardar as negociações do fim da greve.

Em toda greve há um conflito político-moral. Sabemos que nosso dever será sempre nos unir à luta pelo bem da nossa categoria e da educação pública, pois aquilo que for conquistado com a greve será benefício para todos e não apenas para quem participou da conquista. Mas, a consciência individualista, que precisa se defender da crise moral que a atormenta, elabora, para si, argumentos de moral que dificultam a adesão de alguns, do tipo: “estou pensando nos meus alunos, a greve prejudica o ensino”; “quando fiz concurso para o Estado, sabia que o salário era baixo”; “eu sustento minha casa, não posso ser descontada”; “não adianta fazer greve que nunca dá em nada”; “se todo mundo parar, eu paro”; “quando estou no meu horário eu trabalho, fora do meu horário, eu apoio a greve”; “não faço greve porque minha diretora é muito autoritária”; “essa greve é política”; etc.

Neste momento de confronto político-sindical entre nossa categoria e o Governo Sérgio Cabral-SEEDUC, profissionais de educação, ao decidirem não aderir ao movimento, não estão neutros. Infelizmente, queiram ou não, saibam ou não, vocês, estão ontribuindo decisivamente para a posição intransigente do Governo Cabral em não negociar as nossas reivindicações e, pôr fim a greve. Reflitam sobre a seguinte hipótese: se todos os profissionais de educação aderissem à greve (toda Rede Estadual em greve, 100% parada), será que o Governo suportaria, por tanto tempo, a pressão sindical dessa força coletiva, unida, coesa, determinada na sua luta ? Por isso, repetimos, não há neutralidade. Vocês participam deste conflito ao lado da política educacional do Governo Sérgio Cabral e do Secretário Risolia, que nos explora, pressiona, manipula e desqualifica. E todos nós, grevistas ou não, sentimos, na própria experiência do cotidiano das escolas estaduais, esse mal-estar. Mesmo assim, e por isso mesmo, devemos nos lembrar que somos - todos - profissionais de educação.
A luta continua e ainda contamos com vocês!  

COMANDO DE GREVE DO SEPE CAMPOS JULHO-2011

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