Em assembleia realizada na tarde desta sexta, dia 8, os profissionais de educação das escolas públicas estaduais decidiram manter a greve, iniciada dia 7 de junho (32 dias). A categoria analisou que o anúncio do governo de antecipar apenas um ano de pagamento da gratificação Nova escola para os professores é insuficiente. O governo também não anunciou um reajuste salarial. Na terça, dia 12, às 11h, haverá um ato público em frente à Assembleia Legislativa. Logo após será realizada assembleia no mesmo local.
Eis as principais reivindicações da categoria: reajuste emergencial de 26%; incorporação imediata da gratificação do Nova Escola; descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos.
Ontem, dia 7, a 3ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça concedeu uma liminar em favor do Sepe que impede que o governo estadual promova cortes no ponto dos profissionais de educação que estão fazendo a greve. A decisão foi proferida no processo nº 0181463-81.2011.8.19.0001, de autoria do juiz Plínio Pinto Coelho Filho. Além de impedir os descontos dos dias parados, o juiz determinou que seja efetuada a devolução, em folha suplementar, dos valores que porventura já tenham sido indevidamente descontados da categoria.
A assembleia de hoje reafirmou que os baixos salários e as más condições de trabalho levaram os profissionais de educação à greve e que o governo não apresentou propostas concretas para melhorar esta situação. O piso salarial do professor é de R$ 638,00; o do funcionário da escola, R$ 433,00. Para os profissionais de educação, o governo estadual por causa dos baixos investimentos, é o responsável pelo descumprimento do direito de todo cidadão a uma educação de qualidade, pública e gratuita.
Além das reivindicações citadas acima, a categoria luta por: reforma urgente da estrutura física das escolas; regulamentação dos animadores culturais; eleição de diretores de escolas; concurso público para professor e funcionário; paridade para os aposentados; e a revitalização do Iaserj.
O Sepe enviou a pauta de reivindicações para o governo em fevereiro e iniciou a greve somente em junho. Apesar de todo este tempo, até hoje o governo continua sem apresentar uma proposta concreta de valorização salarial. Por isso a greve continua.
Fonte: Sepe RJ
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