SOS EDUCAÇÃO EM CAMPOS

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sábado, 23 de julho de 2011

Salários dos professores de Campos estão entre os maiores do Estado???

Os professores da rede municipal de Campos além de não poderem mais adoecer pois sofrerão punições se tiverem moléstias graves e necessitarem de licença por 120 dias (consecutivos ou não); ainda são obrigados a ouvirem a secretária de educaçao do nosso município afirmar na mídia local que seus salários estão entre os melhores do estado, numa tentativa de minimizar todos os movimentos que estão sendo realizados pela categoria em prol de valorização profissional que envolve  condições dignas de trabalho entre outros fatores, mas perpassa também por melhores salários.

Para comprovar a defasagem salarial na educação municipal, basta um cálculo muito simples: um professor com carga horária de 25 horas semanais tem como salário base R$ 1.148,48 e cumpre uma carga horária de 100 horas/mês, se dividirmos o salário base desse professor pelas 100 horas/mês, chegaremos ao valor da hora/aula que é de R$ 11,48 (onze reais e quarenta e oito centavos).

Quanto ao professor de 35 horas (creche) que tem o salário base de R$ 1.554,88 e cumpre uma carga horária de 140 horas/mês, fazendo o mesmo cálculo, chega-se ao valor da hora/aula desse profissional que é R$ 11,10 (onze reais e dez centavos). 
Esse valor é bem aquém do desejado por uma categoria que merece todo o respeito pelo governo municipal, pois auxilia na formação de seus alunos, ensinando-lhes o verdadeiro significado de cidadania.

Gabriel Chalita, autor do livro "Educação - a solução está no afeto", traduz os anseios dos professores de forma muito sensata, com o seguinte pensamento: "A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol - sem negar a importância de todo esse instrumental -, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao papel e à importância do professor."

O governo municipal de Campos, além de não valorizar os professores, também não disponibiliza para esse profissional condições para que ele possa desenvolver de forma eficaz o seu papel de educador, pois a realidade constatada nas salas de aulas das escolas e creches do nosso município, é a superlotação de alunos que ocasiona dificuldade no processo de ensino-aprendizagem. Vale lembrar que o número de alunos foi regulamentado no Plano Municipal de Educação no dia 15 de dezembro de 2010, mas mesmo assim as turmas continuam acima do limite permitido. Outro fator importante é a qualidade dos materiais que são enviados para uso dos alunos, como os colchonetes que são usados nas creches do nosso município. O Sepe na última assembleia no dia 5 de Julho denunciou o descaso do governo municipal com a educação e com a população ao apresentar para todos um colchonete em péssimas condições que era usado por uma creche municipal.

Valorização profissional perpassa principalmente por respeito a uma categoria que está adoecendo porque sofre repressão dentro de suas unidades escolares, porque não consegue desenvolver de forma satisfatória o seu trabalho por causa das salas superlotadas ocasionadas também pela falta de professores nas unidades escolares do município e que mediante a esse quadro, o governo municipal ao invés de procurar diagnosticar o motivo pelo qual os nossos professores estão adoecendo, resolve puni-los, culpabilizando-os por estarem doentes. Abaixo o decreto 305/2011!!! Exigimos respeito!!!

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