As aulas no Instituto Federal Fluminense (IFF) vão recomeçar no próximo dia 10. A decisão foi tomada ontem após assembleia no campus Campos-Centro. Professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) continuam em greve, assim como os agentes da Polícia Federal (PF). Eles não aceitaram a proposta do Governo Federal. A greve segue também na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf).
O governo ofereceu aos docentes da UFF a reestruturação das carreiras e o reajuste de 25% a 40%, em três partes até 2015. Para a PF foi oferecido apenas o reajuste de 15,8%, também em três partes. Os agentes da PF se reúnem em assembleia no próximo dia 03 para definir os rumos do movimento. Apenas os técnicos-administrativos da UFF e da PF voltaram ao trabalho no início da semana. Segundo o membro do comando de greve, Maracajaro Mansor, a categoria se reuniu na última quinta-feira na UFF, em Niterói, e a maioria dos votos foi a favor da continuação do movimento. “A manutenção da greve foi aprovada por uma grande diferença de votos — 173 a favor da greve e 19 votos contrários. Como as reivindicações não são mais focadas no salário, decidimos que vale a pena continuar com a greve — disse ele. Ainda não há data para a próxima assembleia.
O presidente da sessão sindical do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação (Sinasefe), Paulo César Caxinguelê informou que, apesar da categoria encerrar a greve, o acordo feito em Brasília não foi assinado. Três sindicatos representativos participaram da discussão, mas apenas o Pró-IFF assinou o acordo.
— O Pró-IFF assinou o acordo, mas a gente não aceitou, pois ele não representa a maioria. Mesmo sem o Sinasefe, que nos representa, não aceitando, vamos ser atendidos pelo reajuste que varia de 25% a 40%, parcelado em três anos, a partir de maio de 2013 — explicou.
Os servidores do IFF pleiteavam a reestrutura das carreiras e política salarial. O governo propôs a reestruturação e reajuste de 15,8% para administrativos e de 25% a 40% para docentes no período de três anos.
Uenf — Servidores da Uenf pedem o pagamento da dedicação exclusiva e autonomia financeira das universidades. A categoria aguarda uma posição do estado.
Bianca Alonso
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