Professores da rede municipal de ensino estão em estado de greve. A
decisão foi tomada na tarde dessa segunda-feira (23), em assembleia em
frente a secretaria de Educação, após o governo municipal não atender
representantes do Movimento Educadores de Campos em Luta e dois
diretores de Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação (Sepe). A
audiência estava marcada para acontecer na segunda, às 15h. Desde às
14h, utilizando um trio elétrico, cerca de 500 profissionais se
manifestaram em frente a sede da secretaria. No fim da tarde, os
profissionais fecharam a BR-101 por 30 minutos, entre o cruzamento da
avenida Alberto Torres com a rua Rocha Leão. Ex-guardas civis
municipais, afastados em 2008, apoiaram a manifestação e reivindicaram
para que a situação da categoria seja atendida pela prefeitura. Nessa
terça-feira, os manifestantes, ex-guardas e professores, devem se reunir
novamente em frente à Câmara de Vereadores de Campos, às 17h.
De acordo com a representante do Movimento Educadores de Campos em
Luta, Joailda Corrêa, os profissionais voltarão a se reunir, em
assembleia, no próximo dia 1º, às 18h, no Instituto Federal Fluminense
(IFF) e durante o estado de greve, os profissionais estarão de preto,
simbolizando o luto na educação. “As escolas não têm material de
limpeza, alimentação e estão caindo aos pedaços. Queremos uniformes,
merenda e educação de qualidade par os nossos alunos. Além disso,
propomos reajuste salarial, infraestrutura e dignidade aos
profissionais”, relatou Joailda.
A secretária municipal de Educação, Cultura e Esportes, Marinéa
Abude, informou que a audiência foi cancelada depois que o Sepe enviou
ofício informando que não compareceria, sem justificar os motivos. Sobre
a questão salarial, o secretário de Administração e Gestão de Pessoas,
Fábio Ribeiro, informou que o piso salarial dos professores da rede é
superior ao piso nacional. Além disso, outros benefícios estão sendo
concedidos como 10% de regência e os 100% aos profissionais de Educação
do Regime Especial de Trabalho (RET). Sobre investimentos em
infraestrutura, 17 novas escolas e creches foram construídas e cerca de
190 unidades estão sendo recuperadas. O município também investe em
material didático, uniforme e merenda de qualidade. Sobre falta de
material, a informação não procede. “A prefeitura realizou concurso
público para vagas reais e já convocou mais de 600 aprovados e realizou
processo seletivo para preenchimento de vagas temporárias, além de ter
implantado o Plano de Cargos e Salários”, disse a nota.
Ex-guardas também estiveram no protesto
Junto à manifestação dos professores, ex-funcionários da Guarda Civil
Municipal, afastados do cargo desde 2008, reivindicaram que não
receberam os direitos trabalhistas, como rescisão, Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) ou férias, após o afastamento da função. Os
profissionais tentam há anos re-verter a situação para receber os seus
direitos.
De acordo com o presidente da Associação de Apoio aos Servidores
Seletivos do Município de Campos, Jorge Viveiros, os guardas têm a
carteira assinada como funcionário público e ainda possuem matrícula na
prefeitura.
A Secretaria Municipal de Administração e Gestão de Pessoas informou
que o município recebeu, em agosto de 2008, determinação judicial para o
desligamento dos servidores arrolados em contrato irregular. O
município cumpriu a decisão judicial, porque ordem judicial tem que ser
cumprida.
Dulcides Netto
Valmir Oliveira
Quero fazer uma denuncia sobre uma agressão sofrida por uma professora por tia de aluno ontem pela manhã na escola Prof Vilmar Cavas Barros no bairro do Jockey ,as aulas foram suspensas ,mas ninguém divulgou essa notícia. A imprensa não divulgou nada. Os prof estão jogados no lixo, não somos respeitados, antes a nossa profissão era tão respeitada, agora sofremos violência desse tipo o tempo todo.Gostaria que vc divulgasse no seu blog que eu sei que é sério para que todo mundo saiba o que está acontecendo nas escolas de Campos.
Agradeço.