SOS EDUCAÇÃO EM CAMPOS

O Blog tem por objetivo ser um espaço aberto para a divulgação de notícias sobre educação, sociedade e cidadania em Campos e região. Tendo como referência a educação como principal fonte de promoção da cidadania.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Mais um ano letivo em escola improvisada

Matéria publicada ontem (29/01/2014) no Jornal Folha da Manhã

 
 
Alunos da Escola Municipal João Goulart,em Venda Nova, vão começar mais um ano letivo sem ter sua escola pronta para recebê-los. Os 150 alunos da instituição estão desde o ano de 2012 estudando na Escola Municipal Jacques Richer, na localidade vizinha de Campo Novo. A obra da escola, iniciada em 2011, estaria parada desde outubro do ano passado, segundo os moradores do local. Uma mãe de aluno, que preferiu não se identificar, disse que apesar de ter um ônibus todos os dias para levar e buscar os alunos na escola, a insegurança e o desconforto seriam grandes.
— Eu tenho que acordar minhas três crianças às 5h30 todos os dias pra dar tempo de pegar o ônibus. Fora que, quando eles saem cedo da escola, que certeza eu tenho de que estão seguros? É muito complicado — comenta.
Outro pai de aluno, o agricultor Amaro José, 37 anos, disse que se preocupa com sua filha de 7 anos que vai passar mais um ano letivo fazendo esse trajeto todos os dias para ter aulas em uma sala dividida. “Ela chega em casa reclamando que não dá pra aprender direito porque são duas turmas dividindo uma mesma sala de aula. O que essas crianças estão aprendendo? Nada!”, indigna-se.
A professora Graciete Santana, do sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), diz que o prazo para a entrega das obras da Escola João Goulart já extrapolaram e que, apesar das manifestações dos professores no ano passado, o problema não foi solucionado.
— Estamos tentando nos mobilizar e buscar com o poder público uma solução para os alunos e professores. A Jacques Richer não comporta mais duas escolas em uma só— enfatiza a sindicalista.
Em nota, a secretaria de Educação, Cultura e Esporte informou que o antigo prédio da Escola Municipal João Goulart,em Venda Nova, foi interditado pela Defesa Civil. Na ocasião, foi oferecido transporte escolar para que os alunos estudassem na Escola Municipal Dr. Luiz Guaraná, em Cambaíba, enquanto durassem as obras, mas os pais preferiram que os filhos estudassem na Jacques Richer, por ser mais próxima. As duas unidades (João Goulart e Jacques Richer) funcionam de forma compartilhada e, ao lado, está sendo construída uma nova unidade para abrigar os alunos da João Goulart. As obras na unidade seguem o cronograma, assim em outras unidades. A nota, no entanto, não fala quando as obras na unidade questionada serão concluídas.

Larissa JasbickFoto: Héllen Souza

Calendário escolar - 2014 - Educação Infantil e Educação Fundamental

 

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Brasil é o 8º no mundo com maior taxa de adultos analfabetos, demonstrando enorme atraso



Imagem: Blog do Sereno
RIO - Entre 2000 e 2011, a taxa de analfabetismo mundial entre adultos caiu 1%. O número de adultos analfabetos em 2011 era 774 milhões e a projeção é que até 2015 esse número caia para 743 milhões. Os dados são do 11° Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, divulgado nesta quinta-feira (29) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Segundo o documento, dez países respondem por 72% da população mundial de analfabetos, entre eles o Brasil, a Índia, China e Etiópia. Dados de 2011 mostram que no ranking dos dez países com o maior número de adultos analfabetos, o Brasil ocupa a oitava posição.
A taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais no Brasil é 8,6%, totalizando 12,9 milhões de brasileiros, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011. Para cumprir o compromisso assumido no Acordo de Dacar (Senegal), o Brasil deve chegar a 2015 com taxa de analfabetismo de 6,7%.
O compromisso Educação para Todos traz seis metas que integram o Acordo de Dacar, assinado em 2000. Até 2015, os países devem expandir cuidados na primeira infância e educação, universalizar o ensino primário, promover as competências de aprendizagem e de vida para jovens e adultos, reduzir o analfabetismo em 50%, alcançar a paridade e igualdade de gênero e melhorar a qualidade da educação.
Agência Brasil

Lei 6687/14 - Programa para tratamento da Síndrome de Burnout

O índice de professores portadores da Síndrome de Burnout cresce alarmantemente, é uma das profissões com maior incidência da Síndrome. Mediante esse quadro, foi aprovada a lei Nº 6687 de 15 de janeiro de 2014, que "autoriza" o Poder Executivo a instituir no âmbito do Estado do Rio de Janeiro o "Programa para Tratamento da Síndrome de Burnout", com a finalidade de prestar assistência médica e psicológica aos professores da Rede Estadual de Educação diagnosticados como portadores da Síndrome de Burnout, por meio de Programa Específico a ser desenvolvido junto às Instituições Estaduais de Ensino para identificação, prevenção, diagnóstico e tratamento desta enfermidade.

Na verdade, penso que o diagnóstico e tratamento são de suma importância, no entanto, falta o governo se debruçar nas causas que estão vitimando os professores à Síndrome de Burnout, como falta de condições dignas de trabalho, assédio moral nas unidades escolares, falta de valorização profissional, entre outras...

Para maior esclarecimento, segue abaixo na íntegra a lei que foi aprovada agora em janeiro:

Lei 6687/14 | Lei nº 6687 de 15 de janeiro de 2014. do Rio de janeiro

AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A INSTITUIR O PROGRAMA DE TRATAMENTO DA SÍNDROME DE BURNOUT PARA OS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a instituir no âmbito do Estado do Rio de Janeiro o "Programa para Tratamento da Síndrome de Burnout", com a finalidade de prestar assistência médica e psicológica aos professores da Rede Estadual de Educação diagnosticados como portadores da Síndrome de Burnout, por meio de Programa Específico a ser desenvolvido junto às Instituições Estaduais de Ensino para identificação, prevenção, diagnóstico e tratamento desta enfermidade. 
Parágrafo único. Considera-se Síndrome de Burnout o estresse de caráter persistente vinculado à situação de trabalho, resultante da constante e repetitiva pressão emocional associada com intenso envolvimento com pessoas por longos períodos de tempo, levando o profissional da educação à completa ausência de fatores motivacionais e provocando a desistência do educador de manejar ou lidar com as solicitações externas ou internas, que são avaliadas por ele como excessivas ou acima de suas possibilidades. 
Art. 2º O Programa deverá gradativamente atingir as seguintes metas: 
I - Estender a avaliação médica à totalidade dos educadores da Rede Pública Estadual, sobre suas condições físicas, psíquicas e emocionais, quando do ingresso na respectiva função e nos casos em que se verificar a necessidade imediata desta; 
II - Disponibilizar acompanhamento por equipe multidisciplinar, composta por médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais possibilitando o tratamento e o combate às sequelas decorrentes da referida síndrome. 
III - Criar campanhas de divulgação da Síndrome de Burnout, suas causas e sintomatologias, bem como suas formas de prevenção e detecção precoce; 
IV - Promover ações articuladas entre os setores de Educação, Saúde Medicina do trabalho e CIPA, através de pesquisas e estudos que possam promover a saúde emocional do educador. 
Art. 3º O Poder Público Estadual contribuirá com recursos humanos e materiais para viabilizar o alcance das metas indicadas nesta lei, podendo celebrar acordos, convênios e parcerias com a sociedade civil organizada. 
Art. 4º As despesas decorrentes da execução da presente lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário. 
Art. 5º A Implementação do Programa pelo Poder Executivo Estadual deverá ser precedido da análise de estimativa do impacto orçamentário financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, devendo as despesas decorrentes da aplicação desta lei estarem previamente previstas na lei orçamentária do ano em que for implementado o Programa. 
Art. 6º O Poder Executivo baixará os Atos que se fizerem necessários à regulamentação da presente Lei, determinando o prazo exato para implementação do Programa ora instituído, respeitando as determinações do artigo anterior, o qual não deverá ultrapassar o limite de 02 (dois) anos da regulamentação desta Lei. 
Art. 7º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. 
Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2014.
SÉRGIO CABRAL

SEPE RJ faz seleção de emprego para contador. Inscrições vão até esta quinta, dia 30

Sepe vai ao MP e denuncia descrumpimento de acordo no STF

A direção do Sepe, junto com o seu departamento jurídico e um representante de base, esteve em reunião, no dia 27 de janeiro de 2014, no Ministério Público para apresentar denúncias do descumprimento do documento assinado no Supremo Tribunal Federal pelas redes estadual e municipal do Rio de Janeiro. A reunião foi acompanhada pelas promotoras da 1ª e 2ª Promotorias de Justiça e Tutela Coletiva de Proteção à Educação da capital.

Vale ressaltar que foi apresentada a preocupação deste sindicato com relação ao fato de não haver avanços nos grupos de trabalho. Em relação à rede municipal do Rio, foi informado que nas reuniões acontecidas, a Secretaria Municipal de Educação não apresentou dados concretos para a implementação de 1/3 da carga horária para planejamento e a correção das distorções salarias oriundas do novo PCCS.

Em relação à rede estadual, o sindicato denunciou que ainda não houve a criação do grupo de trabalho, conforme orienta o documento assinado em 22/10/2013, e que a Seeduc convida o Sepe para uma reunião e insiste na participação da Uppes no citado GT.

A direção do Sepe informou, também, ao MP que, em assembleia, os profissionais de educação da rede estadual repudiaram a participação da Uppes nas reuniões com a Seeduc por não reconhecerem tal entidade como representativa da categoria.

Fonte: Sepe RJ.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Pais devem preparar as crianças para a volta às aulas; confira dicas

Do UOL, em São Paulo 23/01/2014

 Nas próximas semanas, alunos de todo o país vão retomar a rotina de aulas. A adaptação às lições de casa, ao contato com os amigos e às provas, porém, não é sempre fácil. Por isso, os pais devem colocar os filhos mais cedo na cama, começar a falar sobre as expectativas para o ano letivo e se envolver com as atividades dos filhos.
O primeiro passo, diz Ângela Fátima Soligo, psicóloga e professora da Faculdade Educação da Unicamp, é mudar os horários das crianças uma semana antes da volta às aulas e colocá-las para dormir e acordar mais cedo.

Se este não é o primeiro ano de estudo, a psicóloga diz que não é preciso falar muito sobre o retorno às aulas. "Não precisa preparar a criança com muita antecedência. Se ela está de férias, deve curtir as férias. Nada de dar coisas para ler e estudar. A escola é o trabalho da criança, então ela precisa de férias para esquecer um pouco da escola", diz.
Quando tudo for novidade, porém, a especialista recomenda que os pais levem a criança antes para conhecer a escola e comecem aos poucos a falar sobre o que ela vai encontrar naquele ambiente. Neste momento, vale envolver a criança na compra do uniforme e na preparação do material escolar.
Para Sueli Conte, psicopedagoga e diretora do Colégio Renovação, em São Paulo, nesses casos também é recomendável que os pais estejam presentes nas dependências da instituição até que o filho se sinta seguro. "Nos primeiros dias, é importante que a criança encontre o pai ou a mãe quando solicitar a presença deles", diz. "Mesmo que o filho diga que o pai ou mãe pode ir embora, é importante ficar, pelo menos nestes dias de adaptação".

Escola nova

No caso das crianças que vão mudar de escola, a recomendação é a mesma: leve o aluno antes para conhecer o local e converse sobre as vantagens do novo colégio. "É importante preparar a criança, pensar com ela as vantagens da nova escola, como conhecer novos amigos. Em geral, o mais difícil é a perda da escola antiga, então ajude a criança a conservar o contato com os amigos", afirma Soligo.
Se a preparação não for suficiente e o aluno tiver problemas para se adaptar ao novo colégio, os pais devem primeiro conversar com a criança e depois entrar em contato com a escola para saber o que é possível fazer para tornar o processo menos traumático.

De volta à rotina

Já nos primeiros dias de retorno às aulas, pais e responsáveis devem estabelecer uma rotina de estudos juntos para o resto do ano letivo. "Nem todos os pais têm muito tempo, mas acho que eles podem reservar pelo menos uns 40 minutos para conversar sobre a escola, não para cobrar, mas para estar por perto enquanto a criança estuda", diz a psicóloga.
Já para Sueli Conte, é importante também que os pais criem um vínculo com a professora, trocando informações sobre as particularidades do aluno. 
No caso dos adolescentes, o acompanhamento é mais distante, mas os pais precisam perceber e cobrar se ele está ou não separando um tempo para estudar. "Às vezes os vestibulandos acabam exagerando, então os pais têm que mandar parar de estudar, dizer que também é preciso relaxar e entender o limite das suas possibilidades físicas", afirma a especialista da Unicamp.

Vem aí o 14º Congresso do Sepe



O Sepe convida à todos os profissionais de educação para participar do seu 14º Congresso que será realizado nos dias 26, 27, 28 e 29 de março de 2014. Sendo a abertura realizada no dia 26 de março às 18 horas.

Sua participação é fundamental para definir os novos rumos do nosso sindicato. " O Sepe somos nós, nossa força e nossa voz!"

Escola Municipal João Goulart em Venda Nova...

Rosinha ,
Gostaria que você fizessem uma visita a obra "Parada" da E.M.João Goulart em Venda Nova desde outubro de 2013.A minha indignação é porque nós da E.M.Jacques Richer em Campo Novo, acolhemos a referida escola aguardando o término da obra, entretanto para o ano letivo vigente não teremos como atender a demanda das duas escolas porque o espaço está insuficiente.Temos também a verba do Mais Educação, que também estamos impossibilitados de utilizar porque necessitamos de espaço.Verba esta, destinada as escolas com alunos com déficit de aprendizagem, distorção de série/idade, dentre outros.Depois vão nos cobrar resultados no IDEB -Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, mas como obtermos resultados sem estruturas apropriadas e descentes para nossos educandos. Sei que o governo está investindo,porém a morosidade neste caso não é viável.Por outro lado, acredito que há uma solução, a E.M.Luís Guaraná em Cambaíba não só tem espaço suficiente para abrigar a E.M.João Goulart, como tem um turno (2ºturno/tarde), sem alunos, podendo assim abrigar com conforto ambas escolas.Há um ônibus escolar a disposição da escola para transportar os alunos de Venda Nova para Campo Novo, logo o mesmo poderá ser usado para levá-los para Cambaíba, se for o caso.Acrescento que nossa sede(E.M.Jacques Richer) também está com a obra paralisada desde o dia 10 deste mês por falta de pagamento aos funcionários.Querendo mais explicações tenho disponibilidade de comparecer a SMECE (pois estou em férias), caso queira maiores esclarecimentos ou a sede da prefeitura.

Seu slogan é: CAMPOS MINHA CIDADE MEU AMOR!

O meu slogan é: MEUS ALUNOS, MINHA VIDA, MEUS AMORES!!!

Obrigada
Professora Luciana Soares Marques
(Há 20 anos lutando por qualidade na EDUCAÇÃO do nosso município)

sábado, 25 de janeiro de 2014

REGIMENTO DO 14º CONGRESSO DO SEPE JÁ ESTÁ NO SITE


 













No dia 7 de dezembro, foi realizada a assembleia estatutária para a organização do 14º Congresso Ordinário do Sepe. A principal deliberação foi a data do Congresso, que será realizado de 26 a 29 de março, cujo tema será: As jornadas de junho, o sindicato e a luta pela educação pública, laica de qualidade, contra a criminalização dos movimentos sociais”.

O congresso é a maior instância do sindicato e tem como finalidade organizar a categoria para as suas lutas, adequando a estrutura interna para a defesa dos profissionais e da educação publica de qualidade. Aqui, você pode ler as regras regimentais. Abaixo, o calendário:

Calendário aprovado:

Entrega das teses: até 10/02;

Eleição de Delegados: 11/02 à 14/03;

Entrega das Atas: 15/03.

Eleição de delegados: aposentados e quem é de fora das redes serão eleitos em assembleias especificas, convocadas nos núcleos e regionais. Os profissionais da educação da ativa serão eleitos nas suas escolas, na proporção de 1 delegado para cada 10 profissionais ou fração acima de 5 profissionais.

Na foto, 13º Congresso do Sepe, em 2011, quando 1200 delegados eleitos na base participaram.

Procon constata alta de 9,5% no material escolar


Pesquisa da secretaria municipal de Defesa do Consumidor (Procon-Campos) constatou aumento de 9,5% em relação ao ano anterior no preço material escolar. O levantamento, feito em 10 lojas do município, abrangeu 53 itens. Fornecedores informaram que grande parte deste aumento é resultado do preço do papel, que subiu bem acima da inflação, que foi de 5,91%. Mas o que chama atenção na pesquisa é a diferença de preços de um mesmo produto de um estabelecimento para outro. A diferença chega a mais de 500%.
 De acordo com a secretária de Defesa do Consumidor, Rosangela Tavares, o vilão da vez é o papel. Livros didáticos, papel ofício, cartolina, cadernos e demais derivados vão pesar na lista de produtos exigidos pelas escolas. Os livros didáticos têm preços tabelados pelas editoras, mas para os demais itens da lista de material escolar vale a velha regra de pesquisar bem antes de fechar a compra. A alta do dólar e a carga tributária sobre alguns itens também contribuíram para o aumento.
Segundo Rosangela, esta diferença pode ser explicada pela qualidade do produto. “Sabemos que alguns itens têm uma qualidade superior, com melhor acabamento e durabilidade. Entretanto, diferenças absurdas devem ser examinadas com muito cuidado pelos consumidores, para não pagarem por um luxo desnecessário”, destaca.
Enquanto as aulas não começam, a secretária recomenda que consumidores devem pesquisar muito antes de comprar material escolar e uniformes. “Nesse momento, todas as lojas da cidade estão com uma boa oferta de produtos e até com algumas promoções. Nessa hora, a melhor recomendação é pesquisar e pesquisar muito, pois sempre aparecem produtos com bons preços”, frisa a secretária.   
Ela ressalta que a solicitação de material escolar de uso obrigatório pelo aluno é de livre escolha da instituição, que, no entanto, não pode exigir a compra de material de uso coletivo. “O que é regra para os pais de é que a escola tenha uma boa proposta pedagógica, equipamentos modernos, ambiente adequado e profissionais preparados, onde os filhos possam ser bem adaptados e crescerem como cidadãos”, aponta Rosangela.

Governo tributa canetas e apontadores

Apesar das queixas relacionadas ao preço do material escolar, a chance de um alívio na conta que aflige os pais a cada começo de ano está distante. Embora tramitem no Congresso propostas para retirar tributos federais e deixar produtos mais baratos, a possibilidade esbarra na pouca disposição do governo de conceder benefícios. Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) indica que, no caso de canetas, réguas e apontadores, o peso dos impostos chega a quase metade do preço cobrado.
Projetos dos deputados Paulo Pimenta (PT) e Agripino Maia (DEM-RN) tramitam Congresso para tentar reduzir a carga tributária. Para o IBTP, caso as proposições vingassem, o preço dos produtos beneficiados teria queda de pelo menos 10% para o consumidor. O problema é a sinalização contrária do Palácio do Planalto e da equipe econômica.

Renato WanderleyFoto: Valmir Oliveira

Diretores e vices de escolas em posse simbólica no Trianon


 
 
A posse simbólica dos novos diretores e vice-diretores das unidades escolares da rede municipal de ensino aconteceu na manhã desta sexta-feira (24), no Teatro Municipal Trianon. Os gestores foram habilitados para ocuparem os cargos, através de um processo seletivo realizado em 2013. No evento de posse, os profissionais assistiram a uma palestra sobre o amor, ministrada por Augusto Dutra, pós-graduado em Gestão em Marketing Estratégico.

O evento foi aberto com a participação da Banda Maria Auxiliadora Freitas, que tocou o Hino Nacional Brasileiro e o Hino a Campos dos Goytacazes. Em seguida, profissionais de vários setores da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes falaram ao público, assim como a secretária municipal de Educação, Cultura e Esportes, Marinéa Abude.

- Hoje a gente está fazendo uma posse simbólica. Na próxima semana será feita a nomeação dos gestores. Desejo boa sorte a todos os diretores e vice-diretores. Que Deus nos abençoe na luta por uma educação de qualidade, que é a nossa meta principal - afirmou a secretária, na abertura do evento.

Augusto Dutra ministrou uma palestra com o tema “Como implementar o amor no dia a dia do ambiente escolar”, relacionando o amor a conceitos como, por exemplo, a atitude, a motivação, a organização e o respeito. O palestrante defendeu a idéia de que a atitude é a característica das pessoas que realmente fazem diferença nas organizações; a motivação talvez seja o grande diferencial para quem atua em serviços públicos; a organização é um item fundamental para dar foco e cumprir resultados; e o respeito é a mais importante das questões, pois relembra o fato de que pessoas lidam com pessoas.

O resultado final do processo seletivo para a escolha de diretores e vice-diretores das unidades escolares foi publicado na última quinta-feira (23), no Diário Oficial do Município, na Portaria nº 03/2014. Esta é a primeira vez que o município de Campos realiza eleições para a escolha de gestores de unidades escolares da rede municipal de ensino. No final de 2013, as escolas e creches criaram chapas, que se submeterem às eleições, em um processo democrático de escolha de representações.
Fonte: Secom

Governo estadual convoca 1.652 professores aprovados em concurso

A Secretaria de Educação publicou, no Diário Oficial dessa sexta-feira (24/1), a convocação de 1.652 aprovados nos concursos para professor. Destes, 1.263 participaram da seleção de 2013, 385 de 2011 e 4 de 2009. Os candidatos cumprirão jornada de trabalho de 16 ou 30 horas semanais.

Para os profissionais de 16 horas, os vencimentos iniciais são de R$ 1.081,97, mais auxílio-transporte e auxílio-alimentação. Já os professores de 30 horas, recebem R$ 2.028,67, mais auxílio- transporte e auxílio-alimentação. Eles também receberão também auxílios para transporte e alimentação.
Os candidatos devem ao local designado, de acordo com a escala de convocação, com documento de Identidade, CPF, Pis/Pasep, Título de Eleitor, Carteira de Trabalho, Certificado de Reservista, diploma de conclusão, histórico escolar e comprovante de residência.
Os habilitados pela Equipe de Acompanhamento e Avaliação da Regional serão encaminhados à Superintendência de Perícia Médica e Saúde Ocupacional, para exame médico pré-admissional.
(com assessoria)

MP pede suspensão do concurso de Quissamã

Matéria publicada ontem no Jornal Folha da Manhã

Por suzy, em 24-01-2014 - 9h15 

Lembram o concurso para a Prefeitura de Quissamã, cujo o penar dos candidatos que enfrentaram o sol escaldante para fazer as inscrições foi mostrada no blog em primeira mão aqui? Pois é. O MP se manifestou e, a exemplo do que ocorreu em São João da Barra em 2010, pede suspensão do concurso por as inscrições serem apenas presenciais, além de irrgularidades como não exigência da devida inscrição na OAB para os cargos de assistente jurídico e procurador municipal, apenas a formação específica em Bacharel em Direito, o que contraria a lei federal 8904/94. Abaixo, o posicionamento do Ministério Público Estadual.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Macaé, ajuizou ação civil pública em face do município de Quissamã e do Instituto Nacional de Concurso Público (INPC), com pedido de liminar, requerendo à Justiça a suspensão do concurso público para o preenchimento de aproximadamente 70 vagas em diversos cargos de nível fundamental, médio e superior no município de Quissamã.
A ACP destaca irregularidades no processo seletivo, dentre elas a obrigatoriedade de realização de inscrições apenas na forma presencial, o que provocou imensas filas, com pessoas aguardando por diversas horas, enquanto outras não conseguiram ou não puderam esperar; e a não exigência da devida inscrição na OAB para os cargos de assistente jurídico e procurador municipal, apenas a formação específica em Bacharel em Direito, o que contraria a lei federal 8904/94.
Além da suspensão do certame, o MPRJ requer também que a reabertura do prazo de inscrições pelo prazo de 15 dias úteis; a diversificação dos postos de inscrição em, no mínimo, três locais, assegurando, em cada um deles, a adequada prestação do serviço; e a disponibilização da inscrição e da interposição de recursos pela internet, através do site da entidade organizadora.
Para cada obrigação descumprida, o MPRJ requer que seja estabelecida multa diária e cumulativa de R$ 10 mil a ser revertida, com correção monetária e juros legais, ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

Pagamento dos servidores municipais começa dia 29


 
 
Os servidores ativos e inativos da Prefeitura de Campos vão receber os salários de janeiro na próxima quarta-feira (29), quinta (30) e na sexta-feira (31). A informação é do secretário de Administração e Gestão de Pessoas, Fábio Ribeiro. O pagamento do funcionalismo vai significar uma injeção de R$ 50.113.304,41 na economia da cidade.

Na quarta-feira (29) recebem os servidores com finais de matrícula 0, 1 e 2. Na quinta-feira (30), é a vez de quem tem matrícula com finais 3, 4, 5 e 6. Na sexta-feira (31), o pagamento estará na conta dos servidores com matrículas terminadas em 7, 8 e 9.

A folha de janeiro é superior a de dezembro. São R$ 406 mil a mais, devido à convocação de novos concursados que já entraram na folha deste mês.

- A prefeitura vem efetuando o pagamento rigorosamente em dia e trabalhando para aumentar a arrecadação própria - diz o secretário de Administração.

De janeiro de 2009 a dezembro de 2012, a prefeitura repassou mais de R$ 2 bilhões para o pagamento dos servidores. Comparando o primeiro e o último ano do quadriênio, houve um crescimento de aproximadamente 39%. O número reflete a política de valorização do servidor público adotada pela administração municipal.
Fonte: Secom

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Animadores culturais: Plenária será realizada no dia 18 de fevereiro, no Sepe

No dia 06 de janeiro, os animadores culturais conseguiram mais uma vitória. Após o governo estadual ter pago o valor do INSS referente aos anos de 1994 a 2004, foi publicado no diário oficial uma norma que garante o direito dos animadores culturais a receberem Vale transporte.

A conquista veio após o Sepe lutar há mais de 20 anos pelos direitos desses profissionais. No entanto, a luta continua e no dia 18 de fevereiro, às 10h, no Sepe Central, haverá uma plenária que vai discutir os rumos do movimento em 2014. Participe!

Fonte: Sepe RJ.

SEPE SE REUNIU COM SEEDUC E DISCUTIU A SITUAÇÃO DE INSPETORES



Uma comissão formada por três diretoras do Sepe e três representantes dos inspetores concursados se reuniu hoje (dia 21) com a diretora de Pagamento da Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), Monica Longobardi, para discutir a situação do bloqueio dos salários de 672 inspetores de escolas aprovados em concurso e que estão trabalhando desde novembro de 2013. A audiência foi acompanhada por inspetores de diversos municípios, tais como: Volta Redonda, Angra dos Reis, São Gonçalo, Rio de Janeiro, entre outros (leia a matéria do jornal O Dia sobre o assunto). Na semana passada, o Sepe realizou uma plenária com os inspetores (leia aqui).

A diretora de Pagamento da Seeduc esclareceu que os salários atrasados serão pagos no dia 24 de janeiro ainda com o valor de R$ 700 e não R$ 900, como prevê o edital do concurso. Isso porque o cargo de inspetor no plano de carreira é de nível fundamental e não de nível médio, conforme o edital do concurso. Para acertar a situação, estabelecendo a carreira como nível médio, será necessário o envio de um projeto de lei do Executivo para a Assembleia Legislativa (Alerj), o que será feito no início de fevereiro devido ao recesso parlamentar. De acordo com a Secretaria, esse projeto incluirá os inspetores antigos, elevando o piso inicial da carreira para cerca de R$ 900.

Ainda segundo a Seeduc, a diferença desde o mês de novembro será paga em folha suplementar em março, após a aprovação do projeto pela Alerj.

A diretora da Seeduc orientou, também, que os funcionários que porventura não receberem o salário no dia 24 de janeiro devem entrar em contato imediato com o gerente do Bradesco da respectiva agência bancária, pois poderá ocorrer erro de informação sobre a conta corrente do servidorcaso a situação não seja resolvida, o funcionário deve entrar em contato com o Sepe.

Após o pagamento no dia 24, o subsecretário de Gestão de Pessoas, Luiz Carlos Becker, receberá o sindicato para discutir a situação de diversos inspetores que faltaram ao serviço por não terem recebido o salário nem o auxílio transporte. Além disso, será discutida a situação dos inspetores que estão sendo obrigados por algumas direções de escolas a trabalharem fora da sua função. O Sepe vem denunciando esses casos desde o início do ano.

Nesta quarta-feira, dia 22, o Sepe terá uma audiência com o subsecretario de Educação, Antonio Neto, às 10h30, na Seeduc, para discutir problemas relativos à reposição de aulas

Fonte: Sepe RJ.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Exclusivo: Garotinho e seu “Exército de Fakes”



O deputado federal Anthony Garotinho é considerado um dos políticos mais populares da web. Pesquisas já o apontaram como um dos parlamentares com mais seguidores no Twitter e Facebook. Mas há uma verdade por trás de toda esta falaciosa popularidade que está prestes a ser desmascarada: o insaciável “Exército de Fakes” do ex-governador.
Garotinho possui um grande centro de inteligência que gere sua “vida” online, e um pilar deste setor, quase secreto, é o seu exército de fakes, já explanados superficialmente por este que vos fala em outras ocasiões. Para quem não sabe, os fakes – falsos em inglês – são perfis inexistentes, quando alguém se passa por outra pessoa, assumindo sua identidade ou forjando uma nova. Utilizados por razões e motivos obscuros, os fakes estão proibidos pelo Facebook, mas ainda estão presentes no cotidiano online desta rede social.

Retirado do site Artistas Gaúchos

Vários perfis falsos estão por aí, mas hoje estou aqui para desmascarar um dos mais importantes, Rafael B. Pecly. Este perfil falso foi o responsável por vazar informações sobre a greve dos Educadores, aqui na cidade. Sem contar que foi esta pessoa inexistente, este fake, o responsável por alimentar “matérias” em jornais e blogs difamando a premissa do movimento “Educadores de Campos em Luta”, que visava apenas uma melhoria digna para a classe. O falso Rafael foi peça fundamental na campanha de difamação do protesto. A foto roubada por este fake pertence ao físico e premiado romancista gaúcho Rafael Bán Jacobsen, mais uma vítima de identidade roubada pelos rosáceos. Confira uma matéria sobre o verdadeiro Rafael, aqui, em um site sobre artistas gaúchos. O escritor, que sequer vive no Estado do Rio, o que dirá em Campos, já foi avisado sobre a situação e deverá tomar medidas legais.

Rafael Jacobsen em foto mais recente, retirada de sua página verdadeira página no Facebook.
Sustentados com dinheiro público, os funcionários do CIAG (Centro de Inteligência Anthony Garotinho), quando não estão se infiltrando em movimentos sociais, atacam oposicionistas e até mesmo jornalistas, incluindo este que vos fala, que ousam criticar o governo da esposa de seu chefe, a senhora Rosinha Garotinho, prefeita de Campos, além é claro, de semear e compartilhar links.
Segundo um membro do alto escalão rosáceo, os responsáveis por delegar e comandar os fakes e tramoias de todos os tipos na web pertencem ao staff do braço direito de Garotinho, o deputado estadual Geraldo Pudim. A pessoa, que pediu para não ser identificada, os denominou “Hackers”.
“Esses caras são muito perigosos, traiçoeiros. Sabem tudo de computador, tipo uns Hackers de filme mesmo. São os responsáveis pelo servicinho sujo do governo, mas eles não estão sozinhos nessa, não. Tem gente graúda nesta história. Posso te dizer, por exemplo, que tem secretário e sub com senha de blogueiro importante aí. Antes eles ligavam e ditavam o conteúdo para os blogs, agora eles fazem a postagem em nome do jornalista”.
Não se iludam, existem outros fakes a serem desmascarados.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Estado divulga calendário de pagamento para 460 mil servidores em 2014

Atenção professores e funcionários aposentados da rede estadual!

Foto: Atenção, aposentados da rede estadual- professores e funcionários.

Servidores aposentados da rede estadual do Rio têm direito a atrasados do Nova Escola

Maria Oliveira da Penha é diretora da Secretaria de Aposentados do Sepe
Maria Oliveira da Penha é diretora da Secretaria de Aposentados do Sepe. Foto: Ana Paula Viana
Ana Paula Viana

Após oito anos de briga na Justiça, professores e funcionários administrativos aposentados da rede estadual, pela regra de paridade, finalmente terão a chance de receber as gratificações do Nova Escola, que não eram pagas aos inativos entre os anos de 2000 e 2009. Os atrasados podem chegar a R$ 25 mil.
A briga na Justiça começou em 2005, a partir de uma ação pública solicitada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), para que o abono fosse incorporado aos salários dos aposentados. Em 2009, a gratificação passou a ser depositada também para os inativos, mas os nove anos sem o pagamento foram esquecidos pelo governo.
Segundo o sindicato, números enviados pela própria Secretaria estadual de Educação — a partir de ordem judicial — mostram que são 71.297 inativos com direito ao pagamento. Agora, a entidade está convocando esses profissionais para dar início à execução da sentença, no início de 2014.
— O prazo para trazer todos os documentos vai até março do ano que vem, porque, depois disso, a ação perde os efeitos — explica a diretora da Secretaria de Aposentados do Sepe, Maria Oliveira da Penha, que diz ter recebido, até agora, os documentos de 300 filiados.
Para receber não é preciso ser sindicalizado. Mas, nesse caso, é preciso ir à Justiça com um advogado próprio.
Cálculos têm que ser feitos caso a caso
Pelos cálculos iniciais do Sepe, os professores aposentados antes de 2000 e que, portanto, tenham direito aos nove anos de atrasados são os que têm pagamentos de até R$ 25 mil para receber. O valor, porém, varia muito, de acordo com Maria Oliveira da Penha.
— Será preciso fazer o cálculo individual de cada caso, na Justiça, porque o pagamento depende da quantidade de parcelas que deixaram de ser recebidas pelo profissional, do salário da época, do cargo e da correção monetária — explica a diretora do sindicato.
Os valores de cada parcela do programa Nova Escola foram estipulados pela Justiça em R$ 100, para os professores inativos, e em R$ 50 para os demais funcionários de cargos administrativos da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro.

Avaliação para além dos rankings


Governo SP
Pesquisadores e militantes criticam sistema de avaliação brasileiro e suas referências internacionais
17/01/2014
Cátia Guimarães - Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz)


Acaba de ser divulgado, no início de dezembro, o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), uma iniciativa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que, a cada três anos, produz um ranking dos países com melhor educação. A nota é dada a partir de uma prova aplicada em alunos na faixa dos 15 anos que engloba as áreas de leitura, matemática e ciências. Na comparação com 65 países, o Brasil ficou em 58º lugar. Todos os jornais noticiaram e especialistas de diversas tendências comentaram o desempenho do país.

Processo semelhante, só que em escala menor, acontece a cada divulgação do resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Nesse caso, o ranking é de estados, municípios e escolas. O cálculo é feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, a partir da nota que os alunos recebem nas provas de português e matemática que compõem o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e dos dados sobre aprovação escolar recolhidos no Censo Escolar. A cada nova edição, todos os jornais noticiam, destacam os melhores colocados e comentam as experiências de sucesso.

De fato, a reação é em cadeia: municípios e estados lutam para melhorar o seu Ideb, e o governo federal se esforça para melhorar a posição do Brasil no Pisa. “A lógica é a de que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da OCDE”, diz o site do Inep. O mesmo texto explica que a meta nacional para o Ideb – ‘nota’ 6  até 2021 – foi calculada como equivalência ao nível de “qualidade educacional” da média dos países desenvolvidos. Para isso, foi inclusive produzida uma “técnica de compatibilização entre as proficiências observadas no Pisa e no Saeb”, como explica o site. O problema é que, com gestores, professores e alunos envolvidos nessa corrida de obstáculos, pouco se tem parado para avaliar se existe consenso sobre a concepção de qualidade da educação que embasa esses processos de avaliação.

O relatório da 1ª Conferência Nacional de Educação (Conae), realizada em 2010, fez apontamentos importantes sobre o processo de avaliação da educação no Brasil. “A avaliação deve considerar o rendimento escolar, mas, também, situar as outras variáveis que contribuem para a aprendizagem, tais como: os impactos da desigualdade social e regional na efetivação e consolidação das práticas pedagógicas, os contextos culturais nos quais se realizam os processos de ensino e aprendizagem; a qualificação, os salários e a carreira dos/das professores/as; as condições físicas e de equipamentos das instituições; o tempo de permanência do/da estudante na instituição; a gestão democrática; os projetos político-pedagógicos e planos de desenvolvimento institucionais construídos coletivamente; o atendimento extraturno aos/às estudantes que necessitam de maior apoio; e o número de estudantes por professor/a em sala de aula, dentre outros, na educação básica e superior, pública e privada. A avaliação deve, ainda, contribuir para a formação e valorização profissional. Deve ter caráter participativo, fundamentado em princípios éticos, democráticos, autônomos e coletivos”, diz o texto, que continua: “Por isso, a efetivação de uma política nacional de avaliação articulada ao subsistema deve ser entendida como processo contínuo e que contribua para o desenvolvimento dos sistemas de ensino, e não para o mero ‘ranqueamento’ e classificação das escolas e instituições educativas – tanto as públicas, quanto as privadas –, e do processo ensino-aprendizagem, resultando em uma educação de qualidade socialmente referenciada”. Como essas questões não entraram em discussão – e sequer constam do Plano Nacional de Educação que tramita no Congresso, que apenas reafirma o papel do Ideb –, o tema deve voltar na 2ª Conae, em 2014.

O que é qualidade da educação?

De acordo com o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, desde a década de 1990, na gestão do ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza, o Brasil vem adotando esses processos de avaliação padronizados, que têm o Pisa como referência. Segundo ele, esse modelo parte daquilo que na ciência política se chama de “individualismo metodológico”, ou seja, pressupõe-se que, com o desempenho de um aluno, consegue-se avaliar o conjunto do sistema, desconsiderando o que ele chama de “variáveis ambientais”. “Isso pode até ser cientificamente verdade, dependendo dos pressupostos. O problema é que o desempenho desse aluno está altamente influenciado pelas variáveis ambientais em que ele se coloca e isso precisa estar esclarecido num processo de avaliação que possa ajudar a modelar políticas públicas”, questiona. Procurado pela Poli, o Inep, que coordena o Pisa e a avaliação educacional no Brasil, não teve disponibilidade para uma entrevista.

Mas, no seu site, o instituto informa que o Pisa também “coleta informações para a elaboração de indicadores contextuais, os quais possibilitam relacionar o desempenho dos alunos a variáveis demográficas”. Essa “coleta” é feita a partir de um questionário respondido pelos alunos – além de uma enquete distribuída para os pais que quiserem responder. Essas informações, no entanto, não influenciam a nota dos países no ranking mundial – que é o objetivo buscado pelo esforço dos governos. Esses dados, também padronizados, geram novos rankings sobre os países em que os alunos mais declaram se sentir bem na escola ou gráficos sobre a expectativa dos pais em relação ao futuro dos filhos, por exemplo.

Na raiz da crítica a esse sistema, está uma discussão sobre o que se considera qualidade da educação. “Ao se preocupar fortemente com o output, com o resultado da saída do sistema, com aquilo que se entende que os alunos aprendem, você esquece todo o resto, abandona toda e qualquer perspectiva de educar para a cidadania, para o mundo do trabalho, para o desenvolvimento pessoal e individual”, diz Daniel Cara. O professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Dermeval Saviani lembra que, ao contrário do que tem sido implementado no Brasil, as teorias pedagógicas mostram que a avaliação precisa acompanhar o processo, não pode, portanto, se dar apenas sobre o produto final.

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação não nega que as questões que compõem a matriz de avaliação usada pelo Pisa e pelas provas replicadas no Brasil sejam pertinentes, mas não tem dúvidas de que a modelagem das políticas públicas de educação não pode se limitar a elas. “É como naquele clipe do Pink Floyd, em que os alunos entram numa máquina, são padronizados e perdem totalmente a identidade”, compara. E completa: “Qualquer outro saber de que os alunos precisam é esquecido em benefício de uma matriz de saberes que é importante, mas insuficiente para dar conta do que a gente considera qualidade da educação”, diz Daniel Cara.

Ideb

No caso da educação básica, que corresponde ao maior ciclo da educação escolar, o resultado desse sistema se expressa no Ideb. Para Daniel Cara, o principal problema desse sistema é que ele não tem sido capaz de dar um retrato mais complexo da educação no país, que possa subsidiar mudanças efetivas nas políticas educacionais. “Um sistema de avaliação baseado num índice como o Ideb mostra o que todo mundo sabe: que alunos com pais com melhor situação socioeconômica vão ter um desempenho melhor por conta daquilo que chamamos de ‘efeito família’. Basear um sistema de avaliação nesse índice é cometer um erro enorme porque não vamos descobrir por que algumas escolas não vão bem, por que as escolas com alunos que têm pais com baixa escolaridade ou estão localizadas em bolsões de violência não conseguem aprimorar o seu ensino”, critica, sugerindo: “Não se pergunta, por exemplo, qual o grau de formação dos professores, quais os insumos e infraestrutura de que as escolas dispõem, qual a quantidade de alunos por turma. Ou seja, não se analisam outros elementos que são importantes para se ter um quadro do que precisa ser melhorado para se superar os limites impostos pela baixa escolaridade dos pais e famílias que vivem em situação de vulnerabilidade”. Segundo ele, só com um sistema nacional de avaliação da educação básica que considere elementos como esses será possível identificar onde as políticas públicas devem investir para superar o ponto de partida dos alunos. “Isso daria maior possibilidade de a educação ser uma política equalizadora, não uma política que perpetua a desigualdade, como é atualmente”, conclui.

Inversão

Mais do que elencar princípios, essa crítica apresenta um diagnóstico: em vez de observar e analisar o quadro da educação no país, os sistemas de avaliação têm determinado as práticas de professores e alunos e as decisões dos governos. “O dia a dia em sala de aula está baseado nos descritores da Prova Brasil”, diz Daniel Cara.

Um exemplo concreto dessa inversão, na leitura de Dermeval Saviani é o aumento do uso dos chamados sistemas de ensino pelas escolas públicas no Brasil. Ele reconhece as denúncias de que a compra de pacotes educacionais privados pode ser uma fonte de desvio de recursos públicos, mas lembra também o argumento que tem sido apresentado por muitos gestores para dispensarem os livros distribuídos gratuitamente pelo MEC. “A justificativa é que, com esses pacotes, eles conseguem aumentar um pontinho no Ideb. Já os livros do MEC não permitem isso, o que é compreensível porque estes são selecionados por critérios das comissões de analistas, que veem a qualidade do livro e não estão preocupados se ele vai ou não auxiliar naquelas provas. Esses pacotes são voltados diretamente para isso porque essas empresas, que se originaram de cursos pré-vestibulares, têm know how de treinar para a prova”, diz. Segundo ele, esses pacotes são montados a partir da análise das provas que compõem o sistema de avaliação e já estão sendo criados, inclusive, cursos para treinar os alunos para a Prova Brasil, o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] e o Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes]. “Já se tinha clareza de que os cursos pré-vestibulares eram uma excrescência, tanto que as próprias universidades começaram a mudar os vestibulares para escapar desse mecanismo de distorção. Mas agora o chamado sistema de avaliação aplica isso”, denuncia. E completa: “Aquilo que era uma excrescência vira a filosofia da educação, de todo o ensino do país”.

A referência internacional

A correspondência entre o sistema de avaliação da educação que vem sendo implementado no Brasil e um modelo internacional, representado principalmente pelo Pisa, da OCDE, é não apenas consensual como utilizada como argumento para defender essa estrutura, compreendida como um alinhamento aos padrões dos países mais desenvolvidos. Mas o fato é que esse modelo padronizado tem enfrentado críticas ou relativizações também nesses países.

Quando foi diretor da Campanha Global pela Educação, Daniel Cara acompanhou o processo de discussão do Pisa e diz que não havia consenso sobre pontos importantes do modelo que esse sistema de avaliação incentiva. Ele exemplifica: “O grupo escandinavo defendia fortemente que o professor tem que ter carreira, plena estabilidade e ganhar um salário decente. Já Estados Unidos, Inglaterra e Canadá – este um pouco constrangido – defendiam que o professor tinha que ter educação por mérito. Agora, eu pergunto: qual educação tem melhor qualidade, a dos escandinavos ou a dos EUA? Claro que é a dos escandinavos!”. Mas o discurso de ‘modernização’ da educação em diversas iniciativas no Brasil diz o contrário: recentemente, a Finlândia foi exatamente a referência que o prefeito do Rio de Janeiro usou para defender um plano de carreiras que foi criticado pelos profissionais do município, entre outras coisas, por incentivar a meritocracia. “Esse não é o modelo da Finlândia”, garante Daniel Cara, que completa: “Eles usam o Pisa muito mais como propaganda finlandesa vinculada ao Ministério de Relações Exteriores do que como parte do debate educacional em si”.

Também nos EUA já começam a ganhar espaço pesquisas que põem em xeque a qualidade da formação dos jovens dessa geração que teve uma grande evolução nos exames padronizados. E a maior e mais conhecida crítica a esse modelo que se internacionalizou é o livro ‘Vida e morte do grande sistema escolar americano: como os testes padronizados e o modelo de mercado ameaçam a educação’, escrito por Diane Ravitch, ex-secretária adjunta de educação, líder do movimento pela criação de um currículo nacional nos Estados Unidos no governo Bush e indicada por Bill Clinton para a coordenação dos institutos responsáveis pelos testes federais. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo em 2010, quando perguntada por que “mudou de ideia” sobre a reforma que ajudou a implementar, ela respondeu: “Eu apoiei as avaliações, o sistema de accountability (responsabilização de professores e gestores pelo desempenho dos estudantes) e o programa de escolha por muitos anos, mas as evidências acumuladas nesse período sobre os efeitos de todas essas políticas me fizeram repensar. Não podia mais continuar apoiando essas abordagens. O ensino não melhorou e identificamos apenas muitas fraudes no processo”. Tratando mais especificamente do sistema de avaliação, Diane completou: “Avaliações padronizadas dão uma fotografia instantânea do desempenho. Elas são úteis como informação, mas não devem ser usadas para recompensas e punições, porque, quando as metas são altas, educadores vão encontrar um jeito de aumentar artificialmente as pontuações. Muitos vão passar horas preparando seus alunos para responderem a esses testes, e os alunos não vão aprender os conteúdos exigidos nas disciplinas, eles vão apenas aprender a fazer essas avaliações”.