Matéria publicada hoje no Jornal O Diário
A adesão à greve da rede estadual de ensino em Campos ainda é pequena. Na tentativa de mobilizar a categoria a cruzar os braços em reivindicação a melhores salários e condições de trabalho, professores do Liceu de Humanidades de Campos que já paralisaram suas atividades manifestaram-se ontem pela manhã, chamando os servidores para o movimento. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) apoiou o manifestação. Na última sexta, foram os professores do Ciep 057 Nilo Peçanha, na Lapa, que se manifestaram.
O Sepe realiza nesta terça-feira, às 18h, na sede da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Campos, assembleia unificada dos profissionais das redes estadual e municipal para definir os rumos do movimento. Os servidores da rede estadual irão votar se mantém ou não a paralisação. Já os da rede municipal, que estão em estado de greve, avaliam a a possibilidade de deflagrarem a greve.
A diretora do Sepe, Cristini Marcelino, avaliou que "a greve em Campos está sendo construída". Ela disse acreditar que nos próximos dias o movimento deve ganhar maior adesão. "As manifestações já ocorridas foram iniciativas das comunidades escolares. Movimentos como este chamam a categoria para a greve, que com certeza irá crescer", especulou.
De acordo com o professor do Liceu, Raphael Barros, cerca de 10% do corpo docente aderiu à greve até o momento. "O percentual parece sem expressão. Mas, se levarmos em conta que nas últimas greves ninguém parou, o número é razoável", disse. O Colégio Estadual Dr. Félix de Miranda, em Guarus, foi o único que paralisou por completo suas atividades.
