Após assembleia realizada no ontem Rio de Janeiro pelo sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), ficou decidido que os profissionais do ensino encerraram a greve de advertência de 72 horas. Contudo, os professores continuam em estado de greve e uma nova paralisação está programada para o próximo dia 8 de maio.
O diretor do sindicato Eduardo Peixoto explicou que para o Sepe o resultado do assembleia é menos importante, porque, segundo ele, o sindicato luta pelos direitos há cerca de 20 anos.
— Tudo que organizamos é planejado de forma cautelosa. Sabemos que o aluno não pode sair prejudicado, mas tentamos minimizar o prejuízo. Tentamos chamar atenção do governo do estado para certas reivindicações. Tudo foi protocolado junto à secretaria de Educação. Não nos preocupamos com a decisão judicial porque o direito de lutar cabe a nós e é condicional — afirmou.
O mesmo explicou que a greve teve adesão parcial dos professores de Campos. Entretanto, nas escolas Liceu de Humanidade de Campos e Nilo Pessanha, as aulas aconteceram normalmente.
Segundo a professora de ciências do Liceu, Sirley Dângela Pires, nenhum professor aderiu a esta greve de advertência de 72 horas. “As aulas aqui aconteceram normalmente. Pelo que eu saiba, nenhum professor do Liceu aderiu a esta greve. Ligaram-me perguntando sobre a greve e eu nem sabia”, afirmou.
A aluna do Liceu do 3º ano, Ana Julia Barbosa Pereira, confirmou o que foi dito pela professora. “Estou tendo aula normalmente, todos os meus professores têm comparecido”, informou.
A coordenadora geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), em Campos, Christini Marcelino esclareceu algumas das reivindicações. “Estão querendo terceirizar os cargos de merendeiras, vigias e serventes. Além disso, os salários pagos não atendem à categoria e os professores tiveram perda salarial de 40%”, disse.
Marcelle Salerno
Foto: Rodrigo Silveira
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