SOS EDUCAÇÃO EM CAMPOS

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Crise na Saúde discutida nesta manhã em reunião

Uma reunião que acontece na manhã de hoje, na sede da Prefeitura de Campos, entre município, Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE/RJ) e diretores dos hospitais conveniados, vai tratar da remoção de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) do Ferreira Machado para os hospitais. O problema, que estava sendo investigado pelo MPE, tornou-se público no último dia 8, quando o ortopedista Hugo Manhães Arêas foi preso acusado de cobrar consulta de pacientes da rede pública. A prisão gerou indignação na classe médica, que publicou, na edição de ontem da Folha, um manifesto com esclarecimentos à população, além de ressaltar compromisso com a saúde e defender a libertação do ortopedista.

Segundo o promotor de Tutela Coletiva do MPE, Marcelo Lessa, o Hospital Ferreira Machado estaria enfrentado dificuldades em transferir pacientes do SUS para a rede conveniada. O procedimento, que deve ser feito por guia da Central de Regulação de Pacientes do município, estaria ocorrendo por meio de “bilhetes”, cujo remetente e destinatário era o mesmo médico.

— Espero que tudo seja resolvido nessa reunião. Será uma boa oportunidade para impormos critérios técnicos a esse processo e saber dos hospitais conveniados se querem ou não continuar atendendo pelo SUS — disse o promotor.

A prisão — O ortopedista Hugo Arêas foi preso dentro da Santa Casa de Misericórdia de Campos, sob acusação de cobrar R$ 160 para consultar, fazer exame de raio X e retirar o gesso de uma menina de 10 a-nos que era paciente do SUS. Arêas foi autuado por crime de concussão — uso da função pública em beneficio próprio — e levado para o Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, onde permanece até hoje.

Na ocasião, Marcelo Lessa determinou que o Grupo de Apoio à Promotoria (GAP) vistoriasse os hospitais e efetuasse a prisão, por crime de corrupção e prevaricação passiva, do médico que não estivesse atendendo pelo SUS.

Por meio de nota, publicada na edição da Folha de hoje, o promotor garante que as inspeções nos hospitais vão continuar. “Não são as consultas sociais, por si só, as que foram chamadas de ‘propina’. Mas, sim, e repito, aquelas que são oferecidas aos pacientes como venda de facilidades, diante das dificuldades criadas em marcar as gratuitas”, afirmou. Na última quinta-feira, a classe médica esteve reunida na Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, para tratar da revogação da prisão do ortopedista e da recuperação da relação entre médicos e pacientes.

Fonte: Folha da Manhã

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