Entidades médicas entregaram nesta sexta-feira (26/10)
à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) um documento cobrando maior
transparência nos dados sobre a cobertura assistencial dos planos de saúde no
país. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), os números mais
detalhados podem ajudar pacientes e profissionais da área a decidir pela adesão
aos planos.
A
categoria pede a divulgação de informações como a quantidade e a distribuição
geográfica de leitos hospitalares e de unidades de terapia intensiva (UTIs), de
laboratórios e de médicos disponíveis. A ideia, segundo o CFM, é comprovar o
desequilibro entre o crescimento da demanda no setor e a oferta de
serviços.
Os
médicos também entregaram à ANS uma série de reportagens, pesquisas e estudos
que sugerem uma iminente crise na saúde suplementar. O documento, assinado pelo
CFM, pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Federação Nacional dos
Médicos (Fenam), é um desdobramento das reivindicações que levaram à suspensão
do atendimento a planos de saúde em vários estados nos últimos 15
dias.
“Para as
lideranças médicas, somente com o acesso público a informações detalhadas do
setor será possível evitar excessos cometidos por alguns empresários,
assegurando, sobretudo, o bom funcionamento da saúde suplementar no país”,
informou o CFM em nota.
As entidades médicas avaliam que a estabilidade
econômica e o aumento do poder aquisitivo da população têm gerado um aumento
significativo no volume de clientes dos planos e seguros de saúde, mas as redes
assistenciais (lista de médicos conveniados, leitos e laboratórios disponíveis)
não acompanharam essa evolução.
A
assessoria da ANS informou que a agência vai analisar o documento na próxima
segunda-feira (29).
Fonte: Site Ururau.
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