Do UOL, em São Paulo*
Cerca de 600 escolas do Distrito Federal amanheceram com os portões fechados
nesta segunda-feira (12), devido à greve de professores estabelecida na
assembleia da última quinta (8). Uma das razões da paralisação é o não
cumprimento da equiparação salarial com outras carreiras de nível superior do
GDF (Governo do Distrito Federal). O acordo para a isonomia foi feito em abril
de 2011, entre o Sinpro (Sindicato dos Professores do Distrito Federal) e o
governo.
"O governo teve praticamente um ano para se planejar com seu orçamento. Não
pode fazer um acordo em abril de 2011, e em março do outro ano, dizer que não
coube no orçamento final o plano de carreira dos professores. Eles alegam que o
aumento não pode ser dado por conta da lei de responsabilidade fiscal”, diz
Rosilene Corrêa, do Sinpro.
“O governo continua indo para os meios de comunicação e dizendo que vem
negociando conosco. Já são 113 dias de deliberação, desde o ano passado até
março desse ano, e só às vésperas da assembleia que realizamos que ele sentou
conosco e dialogou”, afirma Rosilene.
Professores têm que ter "paciência", diz governo
Segundo a Secretaria de Educação do Distrito Federal, os professores têm que
ter "paciência". O órgão diz que o orçamento do GDF é insuficiente para pagar o
reajuste. “Os professores não vão abrir mão da greve enquanto não houver
negociação, e o governo não tem condição de negociar, até que exista
possibilidade financeira de pagamento desse reajuste. Tem que prometer e
executar, não adianta prometer e não cumprir o acordo”, afirma Fabiana Bandeira,
assessora do gabinete da Secretaria de Educação do Distrito Federal.
Nem a secretaria, tampouco o sindicato, sabem dizer quantos alunos estão sem
aula no Distrito Federal. A diretoria do Sinpro está reunida hoje com mais 14
regionais para discutir a greve dos professores, que não tem data prevista de
encerramento.
A greve no Distrito Federal acontece na mesma semana em que professores de
todo o país planejam uma paralisação nacional de três dias para cobrar de
governos estaduais e municipais o pagamento do piso nacional do magistério. A
categoria promete a paralisação entre os dias 14 e 16 de março.
(*Com informações da Agência Brasil)
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