DANIEL CARVALHO
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
A greve de professores na rede estadual de ensino de Goiás chega nesta
terça-feira (6) ao 30º dia. O Sintego (Sindicato dos Trabalhadores em Educação
de Goiás) diz que o governo adotou uma manobra prejudicial à categoria para
atingir o valor do piso. O ponto dos grevistas foi cortado.
Sindicato e governo reuniram-se na segunda-feira (5), mas não chegaram a um
acordo. Nem nos números eles se entendem. Enquanto a Secretaria Estadual de
Educação indica adesão de apenas 8,8% das 1.095 escolas, grevistas apontam que
70% das unidades estão sem aula.
Há divergências até mesmo no número de alunos. Governo diz atender 600 mil
estudantes, enquanto professores afirmam ensinar a 900 mil.
Uma nova assembleia da categoria está marcada para quinta-feira (8).
O sindicato reclama que a titularidade --gratificação concedida aos
educadores com cursos de qualificação-- foi incorporada ao salário base de R$
1.006 no final do ano passado para que o piso de R$ 1.187 fosse alcançado.
"Ao incorporar, [o governo] não pagou o piso e deixamos de receber a
titularidade. Essa é a principal reivindicação. Não abrimos mão da titularidade
e do nosso pagamento em dia, sem corte de ponto", afirma a presidente do
Sintego, Iêda Leal.
A Secretaria da Educação confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa,
que até dezembro pagava apenas R$ 1.006 e que a titularidade foi incorporada.
Hoje, o salário base é de R$ 1.460, R$ 9 a mais que os R$ 1.451 estabelecidos
pelo Ministério da Educação na semana passada.
Para o governo, o foco da greve não é a incorporação do benefício, mas a
criação de uma política de avaliação de desempenho. Os critérios para conceder
gratificações de até 60%, no entanto, só serão divulgados em abril.
Fonte: Site Uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário