Mario Sérgio
Para entendedores da justiça, a desorganização e
a falta de informação para com os candidatos do concurso da Prefeitura Municipal
foi uma situação grave e a sociedade merece explicações. De acordo com advogados
da região, a situação não deve ficar impune e o mais cabível agora seria a
realização de outra prova para resguardar o direito dos que fizeram o exame.
O advogado Túlio Fiori, que entrou com ação
pedindo a suspensão do concurso na sexta-feira passada, disse que tudo indica
que o erro foi da Cepuerj. “A falta de prova para alguns candidatos foi um dos
principais indícios de que foi falha da organizadora”, afirmou. Ele contou ainda
que mesmo com o acordo assinado com a prefeitura para que a prova não tivesse
sido anulada, sua cliente foi prejudicada. “Na sexta, foi assinado um acordo
para que minha cliente não fizesse a prova na capital fluminense. Porém, ela
ficou das 15h às 16h20min sem prova. Nem o acordo foi cumprido”, disse.
De acordo com o advogado Andral Tavares Filho, a situação
não pode ser esquecida. “Toda sociedade dever saber onde houve o erro. A
situação é muito grave e exige explicações da prefeitura. O que não pode é
deixar a população sem a definição da irregularidade”, opinou. Já para o
ex-procurador da Câmara de Vereadores de Campos Robson Tadeu Maciel, o concurso
não iria acontecer desde que houve o impasse da liminar. “O que se estabeleceu
nesse certame foi uma insegurança, principalmente jurídica. Desde quando fiquei
sabendo da suspensão e, logo em seguida, da volta na decisão, sabia que o
concurso iria ser suspenso. Porém, acho que uma nova prova deve ser realizada o
mais breve possível”, relatou. Robson disse ainda que espera que num próximo
concurso, incertezas como esta não ocorra. “Torço para que no futuro seja tudo
esclarecido antes, entre a prefeitura e a empresa contrata para realizar o
processo e, também, em edital”, concluiu.
Fonte: Folha da Manhã.
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