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sábado, 21 de abril de 2012

Rodoviários se reunem na Lapa neste sábado para decidir greve



Thiago Macedo















Na tarde desta sexta-feira a direção do Sindicato dos Rodoviários esteve reunida com a empresa Tamandaré que ofereceu 16% de reajuste salarial aos seus colaboradores, dividido em duas parcelas, a pirmeira prevista para primeiro de maio e a segunda para janeiro de 2013. De acorod com o presidente do sindicato, Roberto Virgílio, a porposta não foi aceita pela categoria que marcou uma reunião aberta amanhã (21), ás 10h, na Lapa, em frente ao Banco Itaú para discutirerem sobre as propostas das empresas.

De acordo com oum dos diretores do sindicato, Luiz pereira do Nascimento, o reajuste que esle pedem está mantido, de 23% e das 14 empresas de ônibus, apenas a Campostur e a Geratur já confirmaram que estão dispostas a acatar se esse for o acordo fechado para a categoria .
De acordo com publicação no blog do Francisco Pessanha, procurador geral do município de Campos, a Procuradoria auxiliou nas negociações entre o sindicato dos rodoviários e empresas de ônibus, no sentido de restabelecer os serviços de transporte coletivo e também resguardar os interesses da população, que ficou bastante prejudicada com a paralisação. O procurador ressaltou que a prefeitura nada tem a ver com a questão por se tratar de relação trabalhista que envolve diretamente patrão e empregado. No entanto, por entender a dificuldade da população e numa iniciativa pessoal, resolvi intermediar as conversas entre as partes para que a solução surgisse o mais rápido possível.
Em reunião na noite de quarta feira, ficou decidido e está mantido, que no próximo dia 24, às 16h, na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), patrões e empregados vão se reunir para discutir a questão salarial.
Hoje pela manhã os ônibus circularam com 30% da frota , como exigido na ordem judicial expedida pela 3ª Vara da Justiça do Trabalho. Houve uma ação de fiscalização nas garagem das empresas.
Ontem, um grupo de grevistas, acusando os empresários de terem colocado mais de 30% da frota nas ruas , fez manifestações em vários locais da cidade, principalmente em frente ao terminal Luís Carlos Prestes, na Avenida 15 de Novembro, no Centro. Eles pararam ônibus e obrigaram passageiros a descerem e os veículos, a retornarem para as garagens.

A polícia Militar, assim como a Guarda Civil Municipal, foi ao local, entretanto, apesar do tumulto, não houve depredação de coletivos. Já os sindicalistas usaram microfone para pedir aos colegas que estavam trabalhando nos ônibus supostamente excedentes, que não o fizesse e que as autoridades pudessem fiscalizar mais intensivamente as garagens. Os rodoviários cobram aumento de mais de 23%, o que equiparia os vencimentos com os pagos à categoria no Rio de Janeiro.

Nos pontos de vans no final do expediente do comércio, na área central, filas quilométricas com carros novamente saindo lotados. Diante da situação, a maioria dos passageiros reclamou. Foi o caso do auxiliar de enfermagem Juliano Neto de Moraes.

Phillipe Moacyr




















— Eu trabalho com vida humana. Já pensou se eu resolvo parar e ainda impeço os meus colegas de trabalharem. Há outras maneiras de negociar. A situação vivida pelos rodoviários do Rio de Janeiro é uma e a deles aqui no interior é outra. Sem contar que alguns ainda tratam mal os passageiros. Então, não dá para ficarmos do lado deles. Eu não apoio a greve afirmou, indignado, o auxiliar de enfermagem, embarcando em uma das vans lotadas, com medo de esperar pelo ônibus que, na visão dele, poderia ser interceptado pelos grevistas.

Impasse continua até o próximo dia 24

. No dia seguinte, a Vara do Trabalho vai julgar a legalidade do movimento de greve iniciado na terça-feira dia 17. Até lá a previsão é de que a população continue sendo atendida com apenas 30% da frota. Para o presidente sindicato dos rodoviários, Roberto Virgílio, as negociações estão lentas. “Nunca tivemos um movimento que demorasse tanto. Ao contrário do que muita gente acredita os rodoviários também não estão gostando dessa situação. O que querem é o respeito dos patrões, através da equiparação salarial com os trabalhadores do Rio. Por isso acho que a Prefeitura deveria intervir de alguma forma, obrigando os empresários a rever essa situação. Desde que iniciamos o movimento, além do aumento e equiparação com o Rio dado pela Campos Tur, o único avanço foi que agora as empresas não estão mais condicionando o aumento de 10% ao aumento de tarifa”, disse.

Fonte: Folha da Manhã.

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