Terminou há pouco a assembleia dos profissionais das escolas estaduais no Clube Hebraica, no Bairro de Laranjeiras (foto). A categoria decidiu não entrar em greve a partir de hoje (8). Com isso, as escolas estaduais, que estão realizando uma paralisação de 24 horas nessa quarta-feira (8), retornam ao trabalho normalmente amanhã, dia 9. Os profissionais de educação continuam em estado de greve.A categoria decidiu, também, paralisar novamente as atividades no dia da votação na Assembleia Legislativa do projeto de lei do governador Sergio Cabral, que propõe um reajuste salarial de 7% para a educação. O projeto será votado agora em maio e o Sepe orienta a categoria que fique atenta à convocação do sindicato para o dia da votação - a data da próxima assembleia também será divulgada em breve aqui no nosso site.
A categoria não aceita o reajuste de 7% proposto por Cabral. Este índice não recompõe as perdas salariais dos últimos anos e está muito abaixo do que os profissionais de educação reivindicam: piso salarial de cinco salários mínimos para o professor e 3,5 salários mínimos para os funcionários.
Apenas nos mandatos de Cabral, iniciado em 2007, as perdas da educação ficaram acima de 20%, usando o IPCA como índice. Outro problema é que o piso salarial do professor é muito baixo: R$ 1.001,82 (cargo: professor docente 1 de 16 horas). Com este salário inicial, um reajuste de 7% será irrisório. Além disso, os animadores culturais não serão contemplados.
O salário atual com o reajuste proposto pelo governo não atrairá novos professores para trabalhar na rede, como também pouco ajudará a manter nas escolas os profissionais atuais. A pesquisa feita pelo Sepe no Diário Oficial do estado confirma que, de janeiro a abril, 308 professores pediram exoneração – média de duas exonerações por dia. Os baixos salários e as más condições de trabalho são as causadoras dessa verdadeira sangria na rede estadual, que não é reposta pela Secretaria de Estado de Educação.
Fonte: Sepe RJ.
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