No Brasil, no Fórum do Inae, no BNDES, Mercadante parece que
está reinventando o modelo educacional brasileiro
Rio - A Educação foi tema central dos filósofos e dos líderes mundiais que
governaram grandes nações e que pensavam num amanhã melhor para a humanidade.
Dos pensadores gregos aos iluministas franceses. Recentemente o tema tem sido
pauta de governantes como Barack Obama, que no seu governo firma acordos
internacionais em intercâmbios acadêmicos entre nações.
No Brasil, no Fórum do Inae, no BNDES, o ministro Aloizio Mercadante parece
que está reinventando o modelo educacional brasileiro. A mudança de conteúdo das
disciplinas e a interação dos meios tecnológicos entre alunos e professores
chamam a atenção da política da presidenta Dilma Rousseff na questão educacional
do país.
Referindo-se ao Estado do Rio, o ministro disse: “Campos é cidade que mais
recebe royalties, mas tem os piores indicadores do Ideb entre todos os
municípios do país”. Os dados comprovam. É a peste epidêmica da ‘maldição dos
recursos naturais’ ou o ‘mal holandês’, que contaminou os governantes que por
ali passaram e optaram por priorizar Passarela de Samba, Centros Esportivos ou
Carnaval fora de época e esqueceram a população de adolescentes que ficarão
desempregados no futuro ou que serão hospedados em presídios públicos.
No estudo ‘Radiografia do Orçamento de Campos — Raio-X’, em 20 anos, dos R$
15,9 bilhões orçados, R$ 11 bilhões eram das receitas dos royalties. Os
indicadores do Ideb das escolas municipais são em média de 3,7: quando
projetados para 2021, chegam a 5,2. É o legado do clã de Garotinho.
Cesar Maia, na Prefeitura do Rio, implantou a aprovação automática, uma
espécie de ‘’genocídio educacional’, enquanto Garotinho esconde a realidade
educacional da cidade de Campos e o seu alto índice de rejeição — 30% — na
corrida da sucessão ao governo do estado. Os dois estão fora da sucessão
estadual. Volto ao tema...
Wilson Diniz é economista e analista político
Nenhum comentário:
Postar um comentário