Do UOL, em São Paulo
No Brasil, 3,8 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos estão fora da
escola. A falta de atendimento escolar é mais acentuada entre crianças de 4 a 5
anos (1.156.846 estão fora da educação infantil) e jovens de 15 a 17 anos
(1.728.015). Os dados, com base no resultado preliminar do Censo de 2010, foram
trabalhados e divulgados nesta terça-feira (7), pelo movimento Todos pela
Educação.
Prova ABC
Segundo a Emenda Constitucional nº 59, do ano de 2009, o governo tem até 2016
para garantir educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de
idade.
"Essas crianças e jovens que ainda estão fora da escola é a população mais
difícil e complicada de atender e garantir [sua permanência]", afirmou Priscila
Cruz, diretora executiva do Todos pela Educação.
Se forem observadas as taxas por Estado, percebem-se diferenças muito
acentuadas. Enquanto o Piauí atende 93,8% da população entre 4 e 17 anos, o Acre
atende apenas 85%. Para Priscila Cruz, "a desigualdade educacional talvez seja o
problema sistêmico maior que temos no país".
Entre 2000 e 2010 houve um aumento de 9,2% nas taxas de acesso à escola. Entretanto, nenhum Estado brasileiro conseguiu atingir a meta intermediária de atendimento escolar para 2010, estipulada pelo movimento. Até 2022, 98% ou mais das crianças e jovens de 4 a 17 anos deverão estar matriculados e frequentando a escola.
Entre 2000 e 2010 houve um aumento de 9,2% nas taxas de acesso à escola. Entretanto, nenhum Estado brasileiro conseguiu atingir a meta intermediária de atendimento escolar para 2010, estipulada pelo movimento. Até 2022, 98% ou mais das crianças e jovens de 4 a 17 anos deverão estar matriculados e frequentando a escola.
Veja as taxas de atendimento escolar da população de 4 a 17 anos em 2000 e 2010 em todos os Estados brasileiros
Estado | Taxa de atendimento de 2000 (%) | Meta para 2010 (%) | Taxa de atendimento de 2010 (%) |
Acre | 71,6 | 90,6 | 85 |
Alagoas | 78,2 | 92,2 | 89,9 |
Amapá | 82,2 | 92,6 | 88,9 |
Amazonas | 71 | 92 | 85,5 |
Bahia | 84 | 93,3 | 92,2 |
Ceará | 87,1 | 94,3 | 92,7 |
Distrito Federal | 88 | 94,4 | 93,2 |
Espírito Santo | 83,1 | 93 | 91,2 |
Goiás | 83,5 | 92,7 | 89,9 |
Maranhão | 82,3 | 93,1 | 92,3 |
Mato Grosso | 79,6 | 92,3 | 89,4 |
Mato Grosso do Sul | 80,4 | 92,4 | 89,6 |
Minas Gerais | 83,8 | 93,4 | 91,8 |
Pará | 79,2 | 91,7 | 88,7 |
Paraíba | 84,6 | 93,6 | 92,2 |
Paraná | 81,7 | 92,6 | 90,5 |
Pernambuco | 83 | 92,8 | 91,5 |
Piauí | 84,4 | 93,9 | 93,8 |
Rio de Janeiro | 87,9 | 95,1 | 93,2 |
Rio Grande do Norte | 87,1 | 93,9 | 92,8 |
Rio Grande do Sul | 82,5 | 91,9 | 89,1 |
Rondônia | 73,9 | 90,3 | 87,3 |
Roraima | 84,9 | 93,5 | 86,9 |
Santa Catarina | 84,9 | 94,3 | 91,4 |
São Paulo | 86,4 | 94,7 | 93 |
Sergipe | 85 | 93,6 | 93,2 |
Tocantins | 80,3 | 92,5 | 90,8 |
*Fonte: Todos pela Educação
Desigualdades
O Estado com maior número de alunos fora da escola é São Paulo, que também é
o mais populoso – são mais de 607 mil potenciais estudantes fora das salas de
aula. O Estado com menos crianças e jovens fora da escola é Roraima, com
18.286.
A região Norte registrou o maior aumento de frequência: 14,2%. O Sudeste teve a menor taxa de crescimento, 8%, e apresenta os maiores números absolutos de crianças e jovens de 4 a 17 anos fora da escola: mais de 1,2 milhão. Mesmo com o baixo crescimento, a maior taxa de atendimento é verificada no Sudeste (92,7%), e a menor, no Norte (87,8%).
A região Norte registrou o maior aumento de frequência: 14,2%. O Sudeste teve a menor taxa de crescimento, 8%, e apresenta os maiores números absolutos de crianças e jovens de 4 a 17 anos fora da escola: mais de 1,2 milhão. Mesmo com o baixo crescimento, a maior taxa de atendimento é verificada no Sudeste (92,7%), e a menor, no Norte (87,8%).
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