SOS EDUCAÇÃO EM CAMPOS

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Escola Municipal Isabel Maria Polônio Tavares em Murundu!!!!





Em visita recente a E. M. Isabel Maria Polônio Tavares no distrito de Murundu, pude constatar que a unidade escolar atende do 1º  ao 5º ano do ensino fundamental e que atualmente conta com apenas 34 alunos matriculados, por conta da evasão escolar provocada pelo descaso do governo municipal com a educação na localidade.



A referida unidade escolar que participa do Programa Escola Ativa, contava  até o ano passado com 4 (quatro) professores para atender a comunidade, atualmente teve o quantitativo reduzido para apenas 2 (dois) professores que estão tendo que se desdobrar em turmas multisseriadas, com alunos de diferentes séries e níveis em uma única sala de aula . Ou seja, um professor está ministrando aulas para alunos do 1º, 2º e 3º ano e o outro para o 4º e 5º ano. Como já foi relatado anteriormente aqui nesse espaço, as turmas multisseriadas comprometem a qualidade do processo ensino-aprendizagem, além de dificultar a prática dos docentes, como a de planejar, executar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem em turmas multisseriadas, visto a falta de uma orientação metodológica específica. Todos esses fatores nos remetem a uma discussão dicotômica antiga entre turmas multisseriadas X qualidade no processo de ensino-aprendizagem.



O Programa Escola Ativa surgiu com a responsabilidade de tirar do naufrágio o sistema de turmas multisseriadas, comprovadamente decadente, considerado uma educação de segunda. Fica a questão: O que mudou com a criação do Escola Ativa? Foi alcançada a tão sonhada qualidade na educação no campo com as já costumeiras turmas multisseriadas? O corpo docente está tendo orientação e assessoramento pedagógico?



Na última segunda-feira (dia 13 de fevereiro) o Sepe encaminhou juntamente com representantes de pais de alunos, uma denúncia de falta de professores na E. M. Isabel Maria Polônio Tavares em Murundu, notificamos a SMEC a existência de turmas multisseriadas e colocamos em pauta que a educação na zona rural merece respeito, argumentamos que a qualidade da educação em turmas multisseriadas é extremamente contestável. Nesse momento, fomos surpreendidos com um contra-argumento absurdo, nos foi dito que a qualidade depende do empenho dos professores, ou seja, culpabilizando os profissionais de educação pela precariedade da educação pública no nosso município, cuja responsabilidade é do poder público. Simplesmente ABSURDO!!!



De qualquer forma, mesmo que a luta seja árdua, nós estamos engajados pela construção de uma sociedade democrática, em que se concretizem a justiça social e a igualdade de direitos e oportunidades para todos os cidadãos., através de uma educação pública de qualidade.


Exigimos RESPEITO À EDUCAÇÃO JÁ!!!







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