Violência nas escolas.
Por: Prof. Alexandre.
A violência nas escolas é um assunto delicado por parte dos governos. Eles evitam, de todo modo, divulgar as ocorrências violentas que acontecem dentro da sala de aula ou no interior das escolas.
Mas a realidade é mais complicada do que muita gente imagina. A violência existe. Em especial nas escolas de periferia, é, dentre outros fatores, resultado de uma parcela da sociedade excluída de seus sonhos de trabalho, consumo, cultura e educação.
O jornal A Gazeta de Ribeirão Preto (25 de out. 2011) publicou a seguinte reportagem.
Professora desiste de carreira.
Falta de segurança e violência faz docente pedir demissão após dez anos de profissão.
A falta de segurança nas escolas estaduais de Ribeirão Preto fizeram com que uma professora pedisse demissão do cargo e abandonasse a carreira de educadora, após dez anos. A ex-professora de História e Geografia, Patrícia Vallata, de 34 anos, lecionou por oito anos em Cravinhos, antes de ser transferida para Ribeirão Preto. “Foi quando comecei a presenciar algumas situações que me deixaram com medo. Professores agredidos por gente que nem estudava na escola e pulava o muro. Alunos com bambas dentro da sala”, conta. Ela diz que lecionava na Escola Estadual Domingos Espineli, no Quintino Facci II.
Patrícia foi procurada recentemente por uma amiga que contou ter sido vítima de um assalto dentro da Escola Estadual Orlando Vitaliano, no Quintino Facci I. O caso aconteceu no último dia 1º de outubro durante uma edição do programa Família na Escola, que é realizado aos finais de semana.
“Ela disse que foi rendida pela assaltante no estacionamento da escola e que ele a ameaçou com uma faca para roubar a bolsa dela. E agora está de licença, PIS entrou em depressão por causa desse fato”. O caso foi registrado em Boletim de Ocorrência. A ex-professora conta que resolveu abandonar a profissão porque não encontrou respaldo da Diretoria de Ensino a respeito das situações que presenciou. “A diretoria não assume que os problemas acontecem, pois a maioria tem cargos em comissão e temem ser demitidos”, aponta. Hoje, Patrícia trabalha com artesanato.
(...).
A reportagem não procurou a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, mas arrisco em adiantar o que eles falariam: é um fato isolado. Como isolado, para eles, são: a falta de professores substitutos nas escolas, o baixo rendimento escolar, as salas superlotadas, etc.
Talvez seja mesmo um fato isolado - no Brasil.
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