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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Acampamento e confusão na porta da Prefeitura de Campos em ato dos professores


  Daniela Abreu





Em greve há cinco dias, professores municipais de Campos realizaram um ato público na tarde desta sexta-feira (22/05), na Praça do Santíssimo Salvador, no Centro da cidade. Após o ato seguiram até a sede da prefeitura, o Centro Administrativo José Alves de Azevedo. 
Os manifestantes exigiram a presença da prefeita Rosinha Garotinho afirmando que não queriam negociar com o secretário de Administração, Fábio Ribeiro e nem com o Secretário de Educação, Frederico Rangel.
Segundo informações da Guarda Municipal, o grupo de manifestantes acampado entrou cedo na sede da prefeitura, dizendo que ia ao setor de Protocolo, e que quando os outros manifestantes chegaram, se dirigiram ao pátio e montaram a barraca de camping.
Os professores acampados estão acompanhados da ex-vereadora e integrante do SEPE, Odisséia (PT).
Às 18h50, o Comandante da Guarda Municipal, Wellington Levino conseguiu negociar com as integrantes da comissão que representa os professores, a entrada do grupo na sede da prefeitura para negociar com o secretário de Administração, Fábio Ribeiro, com quem aceitaram dialogar. 
Quando as professoras entraram os guardas tentaram retirar as barracas que estavam no pátio, uma armada e outra desarmada. Com isso manifestantes que estavam do lado de fora da prefeitura forçaram a entrada para impedir a retirada das barracas, e uma grade foi quebrada. Houve empurra-empurra e algumas pessoas chegaram a cair, inclusive uma repórter do Site Ururau que estava apurando a matéria caiu e sofreu escoriações.
Um homem, já identificado por participar de outros atos políticos, foi imobilizado pela Guarda Municipal, suspeito de ter danificado a grade. Os manifestantes negam que ele faça parte do movimento. A Guarda Municipal precisou usar gás de pimenta para dispersar a multidão. 
Às 19h30, os vereadores Fred Machado (SD), Rafael Diniz (PPS) e Marcão (PT) chegaram a sede da prefeitura, para tentar participar da reunião entre os professores e o secretário de Administração, mas não puderam entrar.
No último dia 19, o secretário de administração, Fábio Ribeiro e o secretário de Educação, Frederico Rangel, se reuniram com representantes do Sepe e do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos (Siprosep) de Campos, onde se comprometeram em atender alguns compromissos que correspondem às reivindicações da categoria, como 100% de gratificação de regência com tolerância de três dias de falta justificada, revisão do Plano de Cargos e Salários, plano de saúde com Caixa de Assistência, uso do Cartão Educação para substituir o Rio Card, entre outras conquistas, a partir do compromisso de que os profissionais retornassem às funções nesta quinta-feira (21/05) e garantissem a reposição das aulas, mas a categoria não aceitou.
Às 20h a comissão se reunião com representantes do Poder Público na tentativa de chegar a um acordo.  Os secretários de Administração e de Educação, Fábio Ribeiro e Frederico Rangel, que estão negociando em nome do município com os professores desde novembro de 2014, afirmam que os salários dos professores variam de R$ 2.300 a R$ 5.200, enquanto o piso nacional para 40 horas é de apenas R$ 1.917.

Os professores da Prefeitura de Campos têm direito a R$ 200 de Vale Alimentação, regência de turma que pode variar de R$ 170 a R$ 360 dependendo do tempo de serviço, além do RET (Regime Especial de Trabalho) no valor de R$ 1.500.
Fábio falou ainda sobre a proposta da Prefeitura de aumentar em 100% a regência: “Além de ser boa para os professores, atende a uma estratégia importante da Prefeitura para cuidar das nossas crianças, já que atualmente apenas 53% dos professores estão em sala de aula”.
O Siprosep - Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep), é contrário a greve. Segundo o presidente, Sérgio Almeida, o movimento tem cunho político.


 Fonte Ururau

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