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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Siprosep aponta 'cunho político' na greve dos professores de Campos


Publicado em 21/05/2015


Isaías Fernandes
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Sérgio Almeida afirmou que falta habilidade ao Sepe para negociar com o governo municipal

O Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos dos Goytacazes (Siprosep), que tem 1.662 professores municipais sindicalizados, se posicionou contrário à greve de ocupação dos professores, que hoje completa cinco dias. O presidente Sérgio Almeida disse que "o movimento tem cunho político" e que "falta habilidade dos professores para negociar com o governo". 


Nesta quinta-feira, a Prefeitura de Campos anunciou que vai cortar o ponto e a regência dos professores que aderiram ao movimento após a categoria recusar mais uma proposta do governo municipal e descumprir o acordo de retornar às funções.

Na avaliação de Sérgio, não só os professores, mas todos os servidores da Educação tiveram muito ganhos, tanto com a implementação do Plano de Cargos e Salários dos professores em 2009, quanto com o Plano de Cargos e Carreiras para todo funcionalismo, aprovado no último dia cinco. "O governo tem se mostrado aberto ao diálogo e enquanto único representante legal de todas as categorias dos servidores municipais, estamos negociando. Os professores não estão tendo habilidade e jogo de cintura para negociar com o governo", disse.

Ele informou ainda que alguns diretores de escolas municipais fizeram contato com ele pedindo orientação após a Prefeitura anunciar o corte do ponto e da regência. "Nós do Siprosep não demos nenhuma orientação para fazer greve. Acho que greve é o último recurso. Estamos inclusive participando das reuniões quando somos solicitados, mas há um movimento político nessa greve", disse. 

O anúncio do corte foi feito ontem pelo secretário de Administração e Gestão de Pessoas, Fábio Ribeiro. Segundo ele "a prefeitura vem cumprindo a sua parte com os professores ao conceder ganhos para a categoria, mas que em respeito aos pais e alunos, que estão sendo prejudicados com a greve, medidas terão que ser tomadas".

A decisão pelo corte foi tomada após a categoria rejeitar mais uma vez a proposta do governo de aumentar em 100% a regência este ano e reajuste de 10% em 2016. A proposta foi rejeitada durante assembleia realizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-RJ) na última quarta-feira, no sindicato da Cedae. Na ocasião, eles decidiram dar continuidade ao movimento. Hoje, a partir das 15h, acontece na Praça São Salvador, no Centro da cidade, um ato de protesto e assembleia para que sejam avaliados os rumos do movimento.

"Adesão chega a 95%", diz comando de greve

Para a diretora do Sepe, Cristine Marcelino, "o corte no ponto e na regência dos grevistas é um absurdo". Segundo ela, a proposta do governo foi rejeitada por não atender a pauta de reivindicações da categoria que contempla reajuste anual com base nas perdas que chegam a 36%, melhorias na infraestrutura das unidades escolares e condições de trabalho, entre outros. Ainda segundo ela, 95% dos professores aderiram ao movimento, o que significa que as atividades em cerca de 220 escolas municipais estão paralisadas. O Sepe informou ainda que tem entre 500 e 600 professores da rede municipal filiados.

Fonte: O Diário.

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