SOS EDUCAÇÃO EM CAMPOS

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domingo, 24 de maio de 2015

Manifestações voltam às ruas

Manifestações voltam às ruas











Educação, Saúde, demissão de terceirizados da Prefeitura de Campos, atraso do Estado no pagamento de bolsas de estudo da Uenf, suspensão do benefício do defeso, além de condições desumanas de moradia, insatisfação com o local provisório do Camelódromo e problemas com o fornecimento de energia e de água em localidades. A insatisfação com o cenário político-econômico nacional também fez com que a presidente Dilma Rousseff fosse alvo de atos em Campos. Estes são alguns dos motivos pelos quais a população foi às ruas este ano em cerca 50 protestos realizados até a última semana, dando sequência a uma série de quase 100 manifestações de 2014.
A maior mobilização contra o governo Rosinha foi marcada na última semana por ameaças de corte de ponto de grevistas da Educação e a reação com um ato na praça São Salvador, que resultou em uma passeata até a Prefeitura. Entre os manifestantes, estavam professores, alunos e responsáveis. O estopim para a série de protestos da categoria ocorreu há 24 dias, quando, na Câmara Municipal, foi aprovado o Plano de Cargos e Salários do Servidor, condicionando o benefício ao não reajuste salarial. O aval do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep) também gerou revolta.
Porém, o reajuste salarial não é o único motivo apresentado pelo servidor, principalmente da área de Educação. Os manifestantes reivindicaram melhorias para as escolas e garantias de direitos trabalhistas. No ato, professores, que chegaram a montar barracas para acampar na sede da Prefeitura, receberam promessas de avanços para a categoria, como revisão do Plano de Cargos e Salários, reintegração de funcionários administrativos (porteiros e auxiliares de limpeza). Porém, as conversas sobre o reajuste salarial de 13.1% ficaram para o dia 10 de setembro. A categoria retorna amanhã para as salas de aula, mantendo o estado de greve. Servidores municipais da Saúde, Federação dos Estudantes de Campos (FEC), estudantes da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e docentes do Instituto Federal Fluminense (IFF) oferecem apoio aos professores.
Se na parte da tarde de sexta-feira a situação foi tensa com o protesto dos educadores, no mesmo dia, pela manhã, carnavalescos já tinham estado em frente à Prefeitura manifestando com uma faixa com a seguinte cobrança: “Cultura do Governo Rosinha: em coma”, se posicionando contrários à suspensão do Carnaval fora de época de 2015. Tanto no caso da falta de reajuste ao servidor, quanto da suspensão do Campos Folia, a alegação do governo Rosinha é uma só: “a crise econômica causada pela desvalorização do barril do petróleo” e queda na arrecadação de royalties e participação especial, que já soma mais de R$ 287 milhões este ano.
Saúde - No protesto da última sexta-feira, servidores da área de Saúde também reforçaram as manifestações. Entre eles, estavam alguns funcionários do Hospital Ferreira Machado (HFM), Postos de Urgência de Guarus e Saldanha Marinho, além do Hospital Geral de Guarus (HGG). O último protesto da categoria aconteceu no HFM no início deste mês. A insatisfação ficou mais uma vez evidenciada pela mobilização de funcionários que utilizaram cartazes para protestar contra cortes nos salários e o que eles classificam de péssimas condições de trabalho, detectadas depois, em uma vistoria realizada por equipe do Ministério Público Federal naquela unidade.

"Fora Dilma" em dois momentos distintos
Os protestos também seguiram mobilização nacional realizada em duas frentes, sendo o primeiro em 15 de março e o outro 12 de abril, contra a presidente Dilma Rousseff. Na primeira manifestação, foram contabilizadas aproximadamente 2 milhões de pessoas espalhadas pelas capitais e principais cidades pelo país. Já em Campos, o primeiro ato contou com cerca de 800 pessoas, que participaram de um ato no Centro, vestidas de verde e amarelo, tendo concentração na Praça São Salvador.
Depois, o grupo participou de uma caminhada pela avenida Alberto Torres, passando também pela José Alves de Azevedo (Beira-Valão) e encerrando o protestos na avenida Pelinca. A mobilização foi liderada por representantes da indústria e do comércio, como Acic e CDL, que exibiram faixas contra a política econômica da presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, outro grupo de manifestantes se juntou à caminhada usando palavras de ordem como: “Fora, PT”, “Povo nas ruas, Dilma a culpa é sua”, “De verde e amarelo, sem foice nem martelo”.
Já na segunda manifestação, em 15 de abril, o número de participantes em nível nacional também caiu para cerca de 750 mil pessoas. Em Campos, os manifestantes ficaram em torno de 100, reunidos na pracinha em frente ao Liceu de Humanidades.
Governo do Estado também foi alvo de atos
O Governo do Estado também tem sido alvo constante de protestos em Campos. Na Universidade Estadual do Estadual do Norte Fluminense (Uenf), a primeira manifestação aconteceu no fim de janeiro. Na ocasião, assim como recentemente, alunos se queixaram do atraso das bolsas universitárias, que chegou a ficar sem repasse durante três meses. Bloqueio do acesso à universidade, passeata e até aula pública na praça. Estas foram algumas formas encontradas pelos estudantes para demonstrarem a sua insatisfação.
No último dia 14, as manifestações da Uenf ganharam as ruas. Cerca de 200 manifestantes, entre alunos, docentes e servidores fizeram uma passeata, saindo da universidade, passando pela rodoviária Roberto Silveira e terminando na praça São Salvador. A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia pagou nessa semana dois meses de bolsas atrasadas (fevereiro e março). E prometeu, a partir deste mês, regularizar a situação.
No entanto, este não foi o único protesto tendo como foco o Estado. No dia 17 de abril, aproximadamente 100 alunos da Escola Técnica Estadual João Barcelos Martins (ETEJBM) foram às ruas para protestar e chamar a atenção das autoridades para os problemas que estariam enfrentando. O grupo saiu em passeata pela avenida Alberto Lamego e seguiu em direção a rua Felipe Uébe e avenida 28 de Março,  onde foi feita uma parada em frente ao Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (Isepam), em Campos.
O protesto foi iniciado após a ameaça do  corte de 80% dos professores contratados, a partir deste mês, o que ainda não foi confirmado.
(D.N.) (R.M.) 

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