Me sinto honrada de fazer parte da educação de Campos, de ser uma educadora, de formar opiniões e de ter a minha própria opinião e não permitir que ela seja deturpada em nome de interesses próprios. Vivemos hoje um momento histórico, não visto aqui no município há muito tempo, centenas de profissionais de educação que com garra e coragem saíram da inércia e foram às ruas, externar suas insatisfações com o poder público, gritos de "Não vamos recuar" ecoaram na Praça São Salvador e realmente não houve recuo por parte dos educadores, mas enfim... Sempre defendi a manutenção da greve, pois está é uma legítima ferramenta do trabalhador, um direito garantido por lei e que é usado em última instância, quando todas as formas de negociação com o governo cessam. Nenhum trabalhador entra em uma greve por acaso ou para perder, a greve da educação municipal é legítima pelo não-atendimento da pauta, pelo descaso do poder público para com a educação de Campos e para com os profissionais de educação. Por esses e muitos outros motivos, a educação municipal enfrentou bravamente 5 dias de greve, pois as propostas apresentadas pelo governo não contemplam os profissionais de educação, a realidade não mudou, hoje foram apresentadas as mesmas propostas e no entanto, chegamos ao fim da greve, não sei ao certo o que motivou tal deliberação. Não vejo avanços nas negociações, nem a contemplação das reivindicações da educação, portanto, acredito que devemos continuar na luta! Só se sai de uma greve com vitórias, esse exemplo está nos sendo dado pelos professores do Paraná, que mesmo sofrendo todo o tipo de violência não recuaram e permanecem na luta!
Digamos não aos discursos bonitos, mas vazios de conteúdo! Não há vitória sem LUTA! E a luta tem que ser construída junto com a categoria, ou seja, os profissionais de educação são sempre protagonistas e as entidades sindicais representativas tem que caminhar ao encontro dos anseios dos educadores. Portanto, como professora da rede municipal, declaro que não me sinto contemplada com o fim da greve, mas entendo que há momentos em que é preciso recuar um passo, para avançarmos dois! Portanto, a luta permanece! A educação permanece em ESTADO DE GREVE, acompanhando às ações do poder público e o cumprimento do que foi acordado!
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