Ontem foi o 3º dia consecutivo de protestos e manifestações contra o veto do reajuste anual de todo o funcionalismo público de Campos, veto este que foi votado na sessão da Câmara realizada no dia 28 de abril, véspera de feriado, pelos vereadores da base governista e em acordo com o atual presidente do SIPROSEP, Sérgio Almeida. Esse último, afirmou que os servidores municipais optaram pelo PCCS em detrimento do reajuste anual em uma assembleia, no mínimo questionável, pois a referida assembleia não teve ampla divulgação e nem mesmo foi informado pelo presidente o quantitativo de presentes e nem apresentada nenhuma ata e listagem de presença dos servidores.
As manifestações iniciaram nesta segunda-feira, com uma grande concentração de funcionários públicos municipais da educação, saúde, guarda municipal e continuaram na terça-feira, onde foi acordado com o Presidente da Câmara, Edson Batista, que na quarta-feira, haveria uma Tribuna Livre, onde 4 representantes do movimento seriam ouvidos na Câmara, acordo esse que não foi cumprido. Pois ontem, dia da Tribuna Livre, apenas 1 representante do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) foi ouvido em cima de um trio elétrico, pois as portas da Câmara estavam mais uma vez fechada. A Câmara , a "Casa das Leis", rasgou a Constituição, a Carta Magna do país, a "Casa do Povo" fechada para o povo! A Câmara estava mais uma vez trancada por cadeados, pois segundo, o presidente da Câmara, ouve denúncias de que a Câmara seria apedrejada pelos manifestantes. Puro denuncismo barato, pois todas as manifestações foram pacíficas!
Além das portas fechadas, os demais representantes dos outros segmentos, foram vetados e não tiveram direito à voz, na referida Tribuna Livre, que mais parecia um comício eleitoral, a julgar pelo quantitativo de comissionados convocados (DAS).
Mediante tudo isso, várias indagações sem resposta: a bancada governista da Câmara onera o cofre público com a contratação de um trio elétrico da Afonson, a prefeitura de Campos gasta R$ 400 mil em publicidade e quase o mesmo valor em contratação de veículos, resumindo ambas as despesas citadas acima beiram R$ 1 milhão (exceto a contratação do trio, cujo valor até agora não foi divulgado) e no entanto afirmam que a máquina está passando por uma grave crise econômica???
A prefeitura esbanja o dinheiro público e o servidor é quem vai pagar pela suposta crise dos cofres públicos de Campos???
O reajuste anual dos servidores públicos está previsto no Art. 37 da Constituição Federal, portanto, a Câmara Municipal, o Governo dos "inhos", com o apoio do SIPROSEP, rasgaram a Constituição! O PCCS é um direito do servidor, assim como o reajuste anual, portanto, não é moeda de troca, não é escambo, é LEI! É DIREITO! E tem que ser cumprido! Por isso estamos nas ruas em prol dos nossos direitos e pelo cumprimento da lei.
Nenhum direito a menos!
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