Os professores da rede estadual do Ceará decidiram nesta sexta-feira (30) manter a greve da categoria, mesmo com a aprovação, pela Assembleia Legislativa do Estado, do reajuste salarial para os docentes de nível médio. Segundo o sindicato que representa os grevistas, um ato, marcado para a próxima segunda-feira (3), vai pedir ao governador Cid Gomes (PSB) que vete o texto.
O APEOC (Sindicato dos Professores e Servidores no Estado do Ceará), pede que o piso nacional seja pago também para os professores que têm graduação e pós-graduação, como especialização, mestrado e doutorado.
Professores entram em confronto com PM no Ceará
Houve confronto entre policiais e professores na quinta-feira (29), durante a votação do reajuste. De acordo com o secretário geral do APEOC, Juscelino Linhares, a matéria aprovada pela maioria dos deputados achatou de 14 para 10 o número de níveis no Plano de Cargos e Carreiras da categoria. Nesta sexta, os profissionais desocuparam a Assembleia Legislativa.
“Essa aprovação do jeito que foi votada e aprovada só vem a fortalecer nosso movimento, pois continuaremos a greve. Não vamos aceitar esse achatamento dos níveis e a falta de contemplação dos demais professores da categoria. São poucos professores que têm nível médio e a grande maioria é graduado e pós-graduado”, disse Linhares ao UOL Educação na quinta.
De acordo com ele, dois professores tiveram de receber atendimento médico e um deles está internado no Instituto José Frota com suspeita de fratura no crânio. “Muitos professores foram atingidos com spray de pimenta e dois saíram muito machucados”, completou.
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