O presidente da Câmara de Campos, vereador Nelson Nahim (PR), marcou para hoje, às 15h, no Legislativo, a cerimônia de posse que o transforma, de fato, em prefeito interino de Campos. A decisão ocorreu após esclarecimento da 100ª Zona Eleitoral de Campos em relação a uma dúvida sobre sentença que cassou os diplomas da prefeita Rosinha Garotinho (PR) e do vice-prefeito, Chicão Oliveira (PP). Segundo Nahim, que não sabe como ficará a situação da sua cunhada, trata-se de uma determinação que não poderia ser descumprida.
Sobre o clima que mesclou tensão e dúvida, Nahim explicou que se não decidisse logo pela posse, a cidade poderia ser governada interinamente pelo vice-presidente da Câmara, o vereador Rogério Matoso (PPS), representante da bancada de oposição.
— Estou cumprindo uma determinação legal. Ainda esperei o dia de ontem (quarta) e parte do de hoje (quinta), para que não existisse qualquer dúvida sobre o que determinou a Justiça. Agora que o juízo da 100ª Zona Eleitoral esclareceu sua decisão, após nossa consulta, não posso me omitir. Até porque, se eu não assumir, a Prefeitura passará ao vice-presidente da Câmara, vereador Rogério Matoso. Ou seja, se eu me negar a cumprir a determinação, quem assume o governo de Campos é a oposição — disse Nahim.Nahim também revelou não ter conversado nem com a cunhada, nem com o irmão, deputado federal Anthony Garotinho (PR), da sua decisão de tomar posse, mais uma vez, como prefeito interino: “Falei apenas com o procurador do município, Francisco de Assis Pessanha Filho, a quem expliquei que não teria outro caminho a tomar a não ser assumir a Prefeitura”.
No início da noite de ontem, o vice-presidente da Câmara de Campos, Rogério Matoso (PPS), que toma posse como presidente do Legislativo na tarde de hoje, informou que vai agir de forma impessoal e aguardar o posicionamento da Justiça em relação aos recursos da prefeita Rosinha Garotinho.
— Estamos cumprindo uma determinação da Justiça. Minha atitude será a mesma do ano passado. Vou agir com cautela, de forma impessoal e buscando um diálogo com o Executivo. Nessa hora as questões políticas precisam ser deixadas de lado — disse o vice-presidente da Câmara Rogério Matoso.
Fonte: Folha da Manhã
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