SOS EDUCAÇÃO EM CAMPOS

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Venda Nova pede SOCORRO!!!

 Matéria publicada na edição de hoje do Jornal Folha da Manhã

Venda Nova e seus velhos problemas

Localizada a cerca de 30 quilômetros do centro da cidade, Venda Nova, quarto distrito de Campos é considerada pela maioria dos moradores como um lugar tranquilo de se viver, porém a reclamação quanto aos problemas da localidade são muitos. Desde a última vez que a Folha da Manhã esteve no bairro, em janeiro desse ano, pouca coisa mudou. No retorno da equipe ao distrito foram ouvidas as mesmas reclamações com relação à qualidade da água, falta de área de lazer, ruas esburacadas, insegurança e infra-estrutura. A única reivindicação dos mora- dores atendida foi quanto à ambulância que agora está no posto e a escola municipal João Goulart que recentemente foi demolida para dar lugar a uma nova escola.

Antônio Jorge Santos, 56 anos, é morador de Venda Nova desde que nasceu. Segundo ele, a localidade sofre com a falta de infra-estrutura. “Aqui não temos qualidade de vida. Para se ter uma idéia, a água daqui é de poço e é muito ruim. As crianças quando nascem os pais são obrigados a comprar água mineral para dar banho. Há tempos que ouço falar que a água vai chegar aqui. Colocaram uma caixa d’água de enfeite, que não foi utilizada e nós ficamos aqui isolados sem que nenhuma au- toridade se dê conta do que a gente passa”, desabafou o morador.

A mesma opinião tem a professora Marta Rangel, de 36 anos, que mora na localidade e tem presenciado a luta dos moradores em obter água de qualidade. “Uma vez por semana aparece por aqui um caminhão-pipa e abastece as cisternas dos locais mais importantes como igreja, escolas, posto de saúde, mas falta para a comunidade. A gente tem feito muitos pedidos a prefeitura através de reuniões comunitárias, no entanto até agora nada foi feito. A gente não aguenta mais essa situação”, informou.

O presidente da Empresa Municipal de Habitação, Urbanização e Saneamento (Emhab), Gustavo Guimarães, informou que a localidade de Venda Nova está dentro das 40 localidades que vão ser atendidas pelo órgão com a implantação de Estação de Tratamento de Água Potável. Atu- almente, os moradores são atendidos com caminhão pipa.

Outro problema encontrado é o atendimento precário na Unidade Básica de Saúde (UBS). Segundo os moradores médicos somente três vezes na semana e o posto não funciona 24 horas. “O que agente precisa e com urgência é o posto funcionando 24 horas. A localidade é carente e tem muitos idosos e o posto fecha no final da tarde — reclamou a moradora Ana Alice Matoso, 43 anos. Com relação a reivindicação na ampliação do atendimento, a secretaria de saúde não enviou resposta.

Área de lazer entre as reivindicações

Outra queixa da população é sobre a falta de área de lazer. A dona-de-casa Marina Souza, 54 anos, destacou que as crianças brincam dentro de casa ou no quintal. “As crianças não têm um espaço apropriado para as brincadeiras e acabam ficando em casa. A gente precisa de uma área de lazer, uma praça. Local para construir é o que não falta”, questionou.

Mãe de um menino de 6 anos, a comerciante Andréia Medeiros, de 30, disse que o filho por falta de um local para as brincadeiras acaba se isolando das demais crianças da comunidade. “Acho importante a existência de uma área em que as crianças possam interagir. Sem a praça, isso é inviabilizado e elas acabam se isolando uma das outras. Acho que as autoridades pensam que moramos na roça não precisamos de lazer. Uma praça aqui seria bom não só para as crianças, mas para toda a comunidade”, explicou.

A secretaria de Obras e Urbanismo informou que avaliará a demanda e fará um estudo de um local no distrito para receber uma área de lazer, mas não precisou uma data para que sejam iniciadas obras.

Comentário da Blogueira:
É pertinente dizer que a situação caótica da E. M. João Goulart perdurou por muitos anos e só depois de várias denúncias de professores da escola, moradores do distrito e do SEPE, que as reivindicações foram "parcialmente" atendidas. Digo, parcialmente porque os alunos foram reconduzidos para uma igreja do distrito e o prédio onde funcionava a escola foi demolido, mas ainda resta saber se a construção de uma nova escola vai ser viabilizada dentro do prazo estabelecido ou se o governo municipal vai mais uma vez se acomodar, afinal a própria comunidade conseguiu um local para os alunos estudarem até dezembro. O governo municipal não teve nenhum interesse em solucinar o problema gritante da educação em Venda Nova, a mobilização foi toda por parte da comunidade.

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