Professores, funcionários e alunos do Centro Educacional Municipal do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Açúcar de Campos (Cemstiac) protestaram na manhã desta quarta-feira contra a volta da diretora Maura da Conceição Gomes Galaxe, que foi exonerada na quinta-feira (8) e retornou ao cargo ontem, segundo publicação do Diário Oficial. Os membros do corpo docente, funcionários terceirizados e alunos reclamam do atendimento dado à comunidade escolar. Além de afirmarem que a diretora não toma providência a respeito do espaço físico do Cemstiac, que não se encontra em bom estado. Por esse motivo os professores se reuniram e assinaram uma ata a favor da exoneração da gestora do Cemstiac. A diretora nega as acusações, alegando que se houvesse ocorrido o fato, ele deveria ter sido denunciado à secretaria de Educação, o que não foi feito. As aulas na escola devem ficar paralisadas até que a secretaria de Educação, que não se manifestou até o fechamento dessa edição, resolva o problema.
Segundo a orientadora pedagógica do Cemstiac, Sheila Soares dos Santos de Paula, a diretora não deveria ter retornado ao exercício, já que a mesma não estaria cumprindo corretamente o seu papel como gestora da escola.
— Todos nós estamos estarrecidos com o que vem acontecendo no Cemstiac. A escola está caindo aos pedaços, as salas de aula estão em estado deplorável, além de os funcionários estarem sendo tratados como lixo. O Cemstiac precisa de alguém com competência para resolver os problemas que nós enfrentamos — disse Sheila.
Os professores e um representante da secretaria de educação fizeram uma reunião extraordinária nos dias 12 e 13 de setembro, após a exoneração e sem a presença da diretora, colocando em pauta a relação da diretora com os funcionários, professores e alunos.
A diretora da escola, que segundo ela, foi indicada ao cargo através de um vereador, não confirma a versão dos alunos, professores e funcionários. Ela disse estar fazendo um bom trabalho no Cemstiac e acredita que esse seja o motivo da revolta da comunidade escolar.
— Os professores e funcionários não querem trabalhar. Quando fui nomeada, dia 27 de maio de 2010, eles entravam depois do horário e saiam cedo. Posso provar isso através da folha de ponto assinada pelos funcionários. O mesmo acontece com os alunos, que querem ser liberados das aulas, como ocorre em qualquer escola. Acredito que por eu estar zelando pela qualidade de ensino, todos se voltaram contra mim — afirma a diretora. Sobre os problemas do espaço físico da escola, a diretora disse que não é sua competência. Segundo ela já foi feito um pedido de reforma para a prefeitura do município de Campos.
Fonte: Folha da Manhã
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