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De hoje a 11 de setembro, o Rio de Janeiro recebe, mais precisamente no Riocentro, um dos maiores eventos literários do País: a 15ª Bienal do Livro Rio. Estarão presentes 150 autores nacionais e 23 internacionais - sobretudo escritores de best sellers e livros pop. Além das palestras, o público terá acesso a 2,5 milhões de livros à venda.
Entre os estrangeiros convidados da Bienal, não mais do que 20% deles tem consistência e estilo literários dignos de nota. Apesar disso, são autores que movimentam milhões e atraem um séquito de leitores pelo mundo. A americana Deborah Harkness, que escreveu "A Descoberta das Bruxas" (Rocco), por exemplo, é uma delas. Seu livro, voltado ao público juvenil, está entre os mais vendidos nos Estados Unidos. Harkness, aliás, tem estilo parecido com o da autora americana Stephenie Meyer, que escreveu "Crepúsculo". O que significa que aposta em linguagem primária e clichês narrativos.
Outra participante que fará a alegria de pré-adolescentes - e até de pós-adolescentes - é a cantora americana Hilary Duff que, não contente em vender mais de 20 milhões de discos (segundo a Billboard), quer fazer sucesso também com seus dotes literários. Em "Elixir", que será lançado no evento, ela conta a história de uma jornalista que investiga a morte do pai. Com direito a suspense mal construído, um grande amor e um final bem doce.
E para não desfiar muitos outros nomes que empobrecem a literatura, mas que enriquecem a indústria, vale, enfim, falar dos poucos participantes que, de fato, contribuem com proposições em termos de linguagem e temática.
Entre eles, Anne Rice, uma das convidadas da Bienal, que possui mérito por ter humanizado o clássico personagem de vampiro no livro "Entrevista com o Vampiro" (1996). Já o escritor francês Jean Marie Blas de Robles, que viveu no Brasil nos anos 80, ganhou o Prêmio Médicis de Literatura, em 2008, pela densa obra "Lá Onde os Tigres se Sentem em Casa".
Outro destaque é o autor angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido como Pepetela. Ele costuma abordar questões históricas de seu país de origem em seus romances e já foi agraciado com uma das maiores honras literárias da Língua Portuguesa: o Prêmio Camões. Ao menos, há quem faça a Bienal valer a pena. As informações são do Jornal da Tarde.
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